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Veja como Bolsonaro e Guedes fizeram a inflação passar dos 10%

IPCA-15 acumula alta de 10,05% em 12 meses. O resultado se deve a erros sucessivos do governo, como a dolarização do preço dos combustíveis, a falta de política para garantir a segurança alimentar da população e a má gestão das usinas hidrelétricas

Foto: reprodução

O IBGE divulgou, nesta sexta-feira (24), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 1,14% em setembro. A taxa, que é a maior para um mês de setembro desde 1994, fez com que a inflação acumulada dos últimos 12 meses passasse dos dois dígitos e batesse em 10,05%.

Quando se olha para os grupos que mais puxam a inflação para cima, facilmente percebe-se que a alta dos preços é resultado da política adotada por Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Os setores que mais contribuíram para o resultado foram Transportes (aumento de 2,22%), Alimentação e Bebidas (1,27%) e Habitação (1,55%). Ora, a inflação do grupo Transportes está ligada à alta dos combustíveis, que foi de 3,00% no último mês. “A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. (…) Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%)”, informa o IBGE. E por que o preço dos combustíveis tem subido tanto? Como diversos economistas e o Partido dos Trabalhadores vêm denunciando há tempos, a culpa é da política adotada na Petrobras sob a gestão Bolsonaro-Guedes, que dolarizou os preços mesmo a produção sendo nacional. Sob a desculpa de que não pode “intervir” nas decisões da empresa (mesmo a Petrobras sendo pública e brasileira!), a dupla agrada investidores e companhias estrangeiros (patrocinadores do golpe de 2016) à custa do sofrimento do povo brasileiro.

A digital de Guedes e Bolsonaro também está na alta do grupo Alimentos e Bebidas. Sem compromisso algum com a garantia de comida para os brasileiros (extinguir o Consea — Conselho Nacional de Segurança Alimentar foi a primeira medida de Bolsonaro, em seu primeiro dia de governo), o atual governo abandonou políticas de incentivo à agricultura familiar e não se preocupou mais em criar estoques de alimentos que, nos governo Lula e Dilma, serviam para impedir a disparada dos preços.

Crise hídrica

Por fim, o Habitação foi impactado, segundo o IBGE, pela alta da conta de luz, que ficou, em média 3,61% mais cara. “A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh”, lembra o instituto. Ou seja, foi a incompetência do governo, que demorou para acionar as térmicas, como já denunciaram especialistas, que deixou o país à beira de um apagão e com uma taxa de energia tão alta.

Em resumo: “A sucessão erros do governo de Bolsonaro e de Paulo Guedes acumula desastres na dolarização dos preços dos combustíveis, na má gestão da política energética, que ameaça o país com um novo apagão, e ainda na falta de uma política de segurança alimentar, com estoques de alimentos”, afirma o economista Bruno Moretti, da Assessoria Técnica do Partido dos Trabalhadores no Senado Federal.

Para piorar, o governo, em vez de atacar as reais causas da inflação, apenas assiste ao Banco Central elevar a taxa de juros. A medida, além de não combater adequadamente o aumento dos preços, impede qualquer ensaio de retomada econômica, pois dificulta o investimento por parte das empresas. Assim, o Brasil caminha para a estagflação, a surreal combinação de inflação com recessão econômica. Mais uma obra da incompetência e desumanidade de Bolsonaro e Guedes.


Fonte: Agência PT

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