Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (23), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que o requerimento para a criação da CPI do MEC já conta com 28 assinaturas de senadores, uma a mais do que o mínimo necessário ao registro do pedido de instalação. O parlamentar afirmou que espera conseguir mais apoios nos próximos dias.
— Não protocolaremos ainda no dia de hoje [quinta-feira] esse requerimento de comissão parlamentar de inquérito. Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira — esclareceu Randolfe, acrescentando que fará isso para garantir que não haja risco de "derrubada" do requerimento.
Para o senador da Rede, é possível que a CPI seja instalada ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar, que começa em julho. Mas ele reconheceu que os trabalhos de investigação só devem ter início em agosto, após o recesso.
— Há alguma dúvida de que houve um esquema tenebroso de tráfico de influência no âmbito do Ministério da Educação? — questionou Randolfe, ao defender que a CPI, se instalada, investigue não só as denúncias contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, mas também as suspeitas de irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Colégio de Líderes
Na quarta-feira (22), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a possível criação da CPI do MEC poderá ser analisada pelo Colégio de Líderes.
Para Pacheco, em termos de conveniência e oportunidade, o momento pré-eleitoral é algo que pode prejudicar o escopo de uma CPI, que, ressaltou ele, deve ser isenta e ter o tempo necessário para a apuração a que se propõe.
— O fato de estarmos muito perto das eleições termina prejudicando o trabalho dessa e de qualquer outra CPI. Talvez seja o caso de submeter ao colégio de líderes esse e outros pedidos — ponderou o presidente do Senado.
De acordo com Randolfe, o requerimento que pede a criação da CPI do MEC já tem as seguintes assinaturas:
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Paulo Paim (PT-RS)
Humberto Costa (PT-PE)
Fabiano Contarato (PT-ES)J
orge Kajuru (Podemos-GO)
Zenaide Maia (Pros-RN)
Paulo Rocha (PT-PA)
Omar Aziz (PSD-BA)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Reguffe (União-DF)
Leila Barros (PDT-DF)
Jean Paul Prates (PT-RN)
Jaques Wagner (PT-BA)
Eliziane Gama (Cidadania-MA)
Mara Gabrilli (PSDB-SP)
Nilda Gondim (MDB-PB)
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
José Serra (PSDB-SP)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Cid Gomes (PDT-CE)
Alessandro Vieira (PSDB-SE)
Dário Berger (PSB-SC)
Simone Tebet (MDB-MS)
Soraya Thronicke (União-MS)
Rafael Tenório (MDB-AL)
Giordano (MDB-SP)
Izalci Lucas (PSDB-DF)
Fonte: Agência Senado
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