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Pimenta e Paulo Teixeira denunciam Lava Jato como esquema criminoso e pedem punição a Dallagnol


Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) acusaram hoje (4) a Força- Tarefa da Lava Jato de ter montado um verdadeiro esquema criminoso para perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, com manipulações e conluios, condená-lo sem provas e tirá-lo da disputa presidencial de 2018, abrindo caminho para a eleição do neofascista Jair Bolsonaro.

Pimenta disse que a operação Lava Jato foi um “consórcio criminoso” formado por juízes, desembargadores e integrantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, enquanto Teixeira observou que a força-tarefa, sob comando do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol, agiu à margem da lei e, por isso, os que cometeram crimes devem ser exemplarmente punidos.

“Os áudios agora revelados de conversas entre procuradores do Paraná dão conta de coisas gravíssimas”, disse Teixeira. “Dallagnol cometeu crimes seríssimos, promoveu perseguição a Lula. Isso não é papel da Justiça, é corrupção da Justiça. Dallagnol tem que ser exemplarmente punido”, comentou Paulo Teixeira.

Sentença encomendada

Ele citou como exemplo o novo áudio com a voz de Deltan Dallagnol no qual ele revela ter ido até a juíza Gabriela Hardt pedir a condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia. A juíza ficou famosa por ter dado uma sentença cheia de trechos produzidos na base do copia e cola da sentença dada por Sérgio Moro.

Outro áudio mostra que Dallagnol interferiu na Polícia Federal no dia 8 de julho de 2018, quando o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal 4, determinou a expedição de um alvará de soltura em favor do ex-presidente Lula. Os lavajatistas desencadearam uma série de operações, igualmente à margem da lei, para que o alvará de soltura não fosse cumprido.

Quadrilha de Curitiba

As eleições presidenciais ocorreriam três meses depois, com Lula liderando todos as pesquisas eleitorais. A decisão de Favreto foi reconhecida mais tarde como plenamente regular pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Paulo Pimenta observou que as gravações que a defesa de Lula conseguiu com a Polícia Federal, obtidas via Operação Spoofing, foram devidamente periciadas e revelam provas da inocência do ex-presidente Lula .

Ele lembrou que o dia 8 de julho de 2018 foi vergonhoso, com a Constituição brasileira rasgada por agentes da lei para que o ex-presidente Lula continuasse na condição de preso político. “Um consórcio criminoso que agiu contra Lula e a Constituição de um jeito que nem na ditadura militar ocorreu, já que naquela época os habeas corpus eram cumpridos”.

Ele recordou que os atos criminosos da Lava Jato para manter Lula preso foram “transmitidos em tempo real pela Rede Globo”. Todo o episódio, à época, foi denunciado por Pimenta e outros parlamentares do PT como prova nítida de uma “articulação criminosa que nós suspeitávamos que existia e foi à tona àquele dia”. Agora, com os áudios obtidos pela defesa de Lula das conversas entre os lavajatistas, a derradeira prova apareceu, comentou Pimenta.

Para confirmar a operação do consórcio criminoso, Pimenta citou vários episódios. Um foi a gravação ilegal – e divulgada à mídia – de uma conversa entre a presidenta Dilma Rousseff e Lula, no começo de 2016. “O mesmo consórcio criminoso divulgou no Jornal Nacional conversas privadas da dona Marisa Letícia com seu filho, promoveu a condução coercitiva do presidente Lula e sequestrou lá em Atibaia um cidadão e o seu filho para tentar, de maneira fascista, arrancar deles, num depoimento sem advogado, aquilo que queriam ouvir”, recordou Paulo Pimenta.

“Os criminosos da Lava Jato têm que ser punidos, em nome da Constituição, das leis, da democracia e da Justiça”, disse o parlamentar.

Pimenta foi quem impetrou o pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, junto com Paulo Teixeira e o então deputado Wadih Damous (PT-RJ), que é advogado e integrou a equipe de defesa de Lula. Fonte: PT na Câmara

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