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No Brasil de Bolsonaro, 12,3 milhões de jovens não estudam nem trabalham


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Número de brasileiros com até 29 anos sem chance de estudar e trabalhar chega a 30% dos jovens do país, um aumento de quase 800 mil pessoas desde o início da pandemia. Evasão universitária agrava quadro. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, dupla campeã em ataque a direitos e promoção de miséria e pobreza, continuam avançando na destruição dos sonhos da juventude brasileira. De acordo com informações da consultoria IDados, atualmente 12,3 milhões de jovens não estudam nem trabalham. O número de pessoas até 29 anos sem oportunidades subiu em quase 800 mil desde o início da pandemia e hoje representa 30% dos jovens do país, indica o estudo divulgado pelo Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira (3). O índice total é superior à população da Bélgica, atualmente em 11,56 milhões de habitantes.

No primeiro semestre de 2019, os chamados “nem-nem” respondiam por 29,9% dos jovens sem ocupação e não matriculados em cursos. São milhões de jovens recém-formados que não encontram emprego e não conseguem dar continuidade aos estudos. Outros são obrigados a abandonar os cursos por falta de dinheiro, reflexo da aguda crise econômica dos últimos anos.

Segundo o Instituto Semesp, a evasão de estudantes universitários durante a pandemia atingiu taxas recordes em 2020 e 2021. Somente neste ano, cerca de 3,5 milhões de jovens abandonaram cursos nas universidades privadas do país, uma taxa de evasão de 36,6%, atrás apenas da registrada em 2020, 37,2%, a maior da série histórica. Apenas 18% dos jovens estão matriculados no ensino superior.

Financiamento estudantil

Os dados apontam a inadimplência como uma das causas por trás das desistências. O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) tem hoje mais de um milhão de jovens formados sem condições de pagar o financiamento estudantil.

“No futuro, teremos uma população economicamente ativa com escolaridade inferior”, alerta o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, em depoimento à GloboNews. “E se eu quero ter um país desenvolvido economicamente, eu preciso ter algo como dois terços do capital humano com escolaridade superior”, diz o diretor, para quem a única saída é a ampliação do financiamento estudantil como prioridade das políticas públicas.

Rogério Carvalho defende anistia de dívidas do Fies

Em novembro, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou apresentou projeto de Lei (PL 4.093/2021) para dar anistia total das dívidas dos estudantes até 31 de dezembro de 2021. Atualmente, cerca de 60% dos beneficiários não conseguiram pagar o as parcelas do programa. Em dois anos, o saldo de inadimplência saltou de R$ 2,5 bi para R$ 6,6 bi até o fim do primeiro semestre.

A anistia irrestrita é uma bandeiras defendidas pelo ex-presidente Lula. “Qual é o incômodo pro governo anistiar a dívida de jovens que não conseguiram pagar a universidade, se todo ano fazíamos Refis [Programa de Recuperação Fiscal] para anistiar os empresários que não pagavam seus impostos e a gente os perdoava?”, questiona Lula. Lula e Dilma investiram na formação dos jovens

A crise econômica gerada por Bolsonaro e Guedes sufoca a área de educação e destrói oportunidades de trabalho de milhões de jovens, uma realidade muito diferente de quando Lula e Dilma ocuparam a Presidência. Entre 2003 e 2015, foi promovida uma verdadeira revolução na formação de crianças e jovens brasileiros, por meio de programas de investimento na educação básica, na formação técnica e no ensino superior.

Nos 13 anos de PT, as matrículas no ensino superior mais que dobraram. Em 2015, eram 8,03 milhões de matrículas, ante a 3,52 milhões, em 2002. A criação de 18 novas universidades e 178 campus permitiu uma ampliação inédita do acesso ao ensino superior na história do país. O ProUni foi responsável pela concessão de quase 2 milhões de bolsas de estudo integrais e parciais. Já o Fies garantiu o financiamento de 2,71 milhões de estudantes.

Além disso, em 13 anos de governo do PT, foram criadas 422 novas escolas técnicas em 596 municípios. Sozinho, o Pronatec garantiu 9,49 milhões de matrículas em cursos gratuitos em apenas quatro anos.

Fonte: PT Nacional, com informações de Estadão, G1 e de O Partido que Mudou o Brasil

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