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Em Dia Internacional, Guterres reconhece ‘dedicação e bravura’ dos jovens nas Forças da Paz


  • “A paz não pode ser alcançada sem a ativa participação das pessoas jovens", destacou o chefe da ONU em uma cerimônia comemorativa do Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, que este ano tem como foco o papel da juventude na paz e segurança.


  • O evento realizado em Nova Iorque, na quinta-feira (27), contou ainda com uma homenagem aos mais de 4 mil mulheres e homens que desde 1948 perderam suas vidas enquanto serviam sob a bandeira azul, incluindo os que morreram em missão no ano passado e no começo deste ano.


  • A major queniana Steplyne Nyaboga também foi homenageada. Ela recebeu o Prêmio de Defensora da Igualdade de Gênero Militar do Ano pela defesa dos direitos das mulheres durante seu serviço em Darfur.


  • Celebrado anualmente no dia 29 de maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz oferece a oportunidade de homenagear a contribuição inestimável que o pessoal militar e civil faz ao trabalho da ONU e homenagear aqueles que sacrificaram suas vidas no processo.

Secretário-geral, António Guterres, participa da cerimônia de entrega da coroa para comemorar o Dia Internacional dos Soldados da Paz da ONU 2021. Foto | UN Photo/Mark Garten

“A paz não pode ser alcançada sem a ativa participação das pessoas jovens", destacou o chefe da ONU em uma cerimônia comemorativa do Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz, que este ano tem como foco o papel da juventude na paz e segurança. “De República Centro Africana à República Democrática do Congo para o Líbano, nossas forças de paz trabalham com os jovens para reduzir a violência e manter a paz, inclusive através do desarmamento, a desmobilização e de programas de redução da violência reintegração e comunitárias”, disse o secretário-geral, António Guterres, durante o evento realizado em Nova Iorque, na quinta-feira (27).

Segundo ele, jovens mantenedores da paz trazem novas ideias, esperança e energia para as operações da ONU por efetivamente se engajarem com as populações locais e contribuindo para melhorar o desempenho geral e o cumprimento do mandato.

“Saudamos a dedicação e bravura de todos os nossos mantenedores da paz – mulheres e homens, os jovens e mais velhos – e continuamos agradecidos por seus serviços e sacrifícios”, destacou o chefe da ONU. “Eles merecem nosso apoio integral, e nós precisamos continuar a trabalhar juntos para fazer o que pudermos para melhorar sua proteção e segurança, e fornecer as ferramentas para o sucesso”.

Celebrado anualmente no dia 29 de maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores das Forças de Paz oferece a oportunidade de homenagear a contribuição inestimável que o pessoal militar e civil faz ao trabalho da Organização e ainda homenagear aqueles que sacrificaram suas vidas no processo.

Dívida eterna - Um pouco antes, no mesmo dia, o secretário-geral colocou uma coroa de flores no Memorial dos Soldados da Paz para honrar os mais de 4 mil mulheres e homens que desde 1948 perderam suas vidas enquanto serviam sob a bandeira azul.

Ataques, acidentes e doenças fatais – incluindo a COVID-19 – afetaram militares fardados e civis durante o ano passado.

Oferecendo suas condolências para seus familiares e amigos, o chefe da ONU disse: “Nós estamos em dívida eterna com eles”.

“O seu último sacrifício não será esquecido e estará sempre em nosso coração”, prometeu. Honrando heróis caídos - Depois de um momento de silêncio, o chefe da ONU conduziu a tradicional cerimônia da medalha Dag Hammarskjöld, honrando postumamente os 129 capacetes-azuis que perderam suas vidas enquanto serviam sob a bandeira da ONU no ano passado e em janeiro deste ano.

“Os desafios e ameaças enfrentados por nossos mantenedores da paz são imensos”, disse. “Eles trabalham duro todos os dias para proteger algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo, enquanto enfrentam a dupla ameaça de violência e de uma pandemia global”. 

Apesar da COVID-19, em todas as missões da ONU, soldados da paz não apenas continuaram a “entregar suas tarefas essenciais”, como também estão ajudando os esforços nacionais e comunitários para combater o vírus.

“Estou orgulhoso do trabalho que eles têm feito”, disse Guterres.

Defesa da igualdade de gênero - O chefe da ONU concedeu à major Steplyne Nyaboga, do Quênia, o Prêmio de Defensora da Igualdade de Gênero Militar do Ano. Ela concluiu seu destacamento na Missão ONU-União Africana em Darfur (UNAMID) em dezembro passado.

A major Steplyne Nyabog serviu à Missão ONU-União Africana em Darfur. Foto | ONU

Enquanto servia, a major Nyaboga testemunhou incontáveis mulheres sofrendo durante o conflito armado, sujeitas ao deslocamento, violência sexual e marginalização política. “Suas vozes muitas vezes não eram ouvidas. Eles precisavam de uma defensora. Eles encontraram uma na major Nyaboga”, disse o secretário-geral.

Arregaçando suas mangas - Através da UNAMID, a major Nyaboga introduziu novas perspectivas e aumentou a conscientização sobre problemas cruciais que afetam mulheres e crianças, ao mesmo tempo ajudando a fortalecer o engajamento com as comunidades locais.

Para proteger as mulheres deslocadas em Zalingei, ela promoveu patrulhas conjuntas ao longo das fazendas para capacitá-las a cuidar de seus campos em paz. Nyaboga também treinou quase 95% do contingente militar da missão em problemas críticos de proteção, incluindo violência sexual e de gênero.

“Sua abordagem prática e entusiasmada fez uma diferença profunda para seus colegas e para o povo de Darfur. Seu esforço, compromisso e paixão representam um exemplo para todos nós ”, disse o secretário-geral.

Ao receber o prêmio, a major afirmou: “estou muito contente porque nossos esforços em servir a humanidade tiveram impacto e não passaram despercebidos”.

Desde 2016, a honra é concedida a um soldado da paz que promove os princípios da Resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre Mulheres, Paz e Segurança em operações de paz da ONU.


Fonte: ONU

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