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CPI ouve fiscal de contrato da Covaxin e vota quebra de sigilo de Barros

CPI da Covid retoma os trabalhos nesta terça-feira aprofundando as investigações sobre o esquema de corrupção montado pelo governo Bolsonaro em torno da compra da vacina indiana

Foto: Ricardo Stuckert Filho/ Humberto Costa: "Iremos chamar Ricardo Barros quando acharmos mais adequado"

A CPI da Covid retomará os trabalhos, nesta terça-feira (6), determinada a esclarecer de uma vez por todas o esquema de corrupção montado pelo governo Bolsonaro em torno da compra da vacina indiana Covaxin.

A partir das 9h, os senadores da comissão parlamentar de inquérito colherão o depoimento da servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira, fiscal de contratos que deu prosseguimento à compra do imunizante mesmo com indícios de irregularidade presentes na nota fiscal.

Além disso, a CPI votará a quebra de sigilo de algumas pessoas, incluindo o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apontado como um dos articuladores do esquema.

Regina Célia foi citada na CPI durante os depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor público Luis Ricardo Miranda, que denunciaram a fraude na compra da Covaxin diretamente para o presidente Jair Bolsonaro, que nada fez para impedir a ladroagem.

Segundo Luis Ricardo, a servidora permitiu que a negociação fosse adiante mesmo sem que todos os erros encontrados fossem corrigidos — a beneficiária da nota continuou sendo a Madison Biotech, empresa que não constava do contrato. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), autor de um dos requerimentos de convocação de Regina Célia, ouvi-la é “fundamental para esclarecer as suspeitas de corrupção”.

Além de ouvir a fiscal de contratos, os senadores pretendem votar uma série de quebras de sigilos bancários e telemáticos, incluindo o de Ricardo Barros, que, segundo o deputado Luis Miranda, foi citado por Bolsonaro como uma das pessoas por trás da negociação da Covaxin.

Barros manifestou o desejo de depor logo à CPI da Covid, o que foi percebido pelos integrantes da comissão como uma tentativa de abafar o caso. “Parece que ele quer falar logo para abafar o escândalo, para que novas pessoas que vão falar não o incriminem ou confirmem as denúncias feitas contra ele. A CPI deve solenemente ignorar essa preocupação do deputado. Iremos chamá-lo quando acharmos mais adequado”, disse Humberto Costa à CNN Brasil.

Os senadores devem votar ainda a quebra de sigilo fiscal do deputado Luis Miranda; do policial militar Luiz Paulo Domiguetti, que se apresentou como intermediador de outra venda suspeitíssima de vacinas ; e o empresário Cristiano Alberto Carvalho, CEO da Davati Medical Supply, empresa que Dominguetti disse representar.

Fonte: PT no Senado, com informações da Agência Senado

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