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Brasil precisa adotar medidas urgentes para evitar março “aterrorizador”, diz Padilha


Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados-Arquivo

O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou nesta segunda-feira (22) que o Brasil precisa adotar medidas mais rígidas de distanciamento social e acelerar a vacinação para evitar a escalada de casos de infecções e mortes pela Covid-19 no País. Segundo ele, essas medidas devem ser adotadas com urgência ainda nesta última semana de fevereiro para evitar o risco de o Brasil ter um mês de março “aterrorizador”. De acordo com o parlamentar, o Congresso precisa pressionar o governo Bolsonaro para adquirir rapidamente as vacinas já fabricadas pelo mundo e dar o exemplo impedindo o retorno de suas atividades presenciais.


“Precisamos agir nesta última semana de fevereiro para tentar reduzir o risco de um março aterrorizador. O Brasil vive um momento de escalada de casos e internações, e de pressão sobre leitos de UTI, com a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia. Isso é absolutamente inadmissível”, protestou.


Congresso sem atividades presenciais


De acordo com Padilha, “o Congresso Nacional precisa agir para impedir essa escalada aprovando medidas que obriguem o governo Bolsonaro a incorporar as vacinas disponíveis no mundo”. “O Congresso precisa ainda dar exemplo não retomando as suas atividades presenciais que expõem milhares de pessoas que trabalham para os parlamentares e que visitam a Câmara e o Senado”, afirmou.


O parlamentar ressaltou ainda que para evitar um aumento ainda maior dos casos de contágio e de mortes no País, estados e municípios precisam evitar também o retorno às aulas presenciais neste momento.


“Precisamos reduzir o risco da abertura de aulas presenciais, principalmente no ensino fundamental, que expõe os trabalhadores da educação. Estados e municípios onde existem aumentos de internações, principalmente em UTIs, têm ainda que ter a postura firme de impedir aglomerações e reduzir a circulação de pessoas nas ruas, como fez o prefeito de Araraquara”, alertou Alexandre Padilha.


Padilha: “O Congresso precisa ainda dar exemplo não retomando as suas atividades presenciais que expõem milhares de pessoas que trabalham para os parlamentares e que visitam a Câmara e o Senado”.


O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), decretou a paralisação total de todas as atividades não essenciais da cidade (lockdown), após o sistema de saúde do município se aproximar do colapso. Segundo o prefeito, a tragédia enfrentada por Araraquara é o prenúncio do que pode vir a ocorrer em várias cidades do País caso não se adotem medidas imediatas de contenção do vírus.


Covid-19 no Brasil


Segundo informação do site Brasil de Fato, a média móvel de mortes por conta do Covid-19 no Brasil está acima de 1 mil desde o dia 21 de janeiro. Em nenhum outro momento da pandemia o país havia completado o período de um mês em um patamar tão alto.

Neste domingo (21), segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média ficou em 1.037. Considerado o mais negativo do Brasil até agora, o mês de julho de 2020 registrou uma média acima de mil entre os dias 3 e 28.


O País registrou até esse domingo o total de 246.560 óbitos por conta da doença. Nas últimas 24 horas foram registradas 527 mortes pelo vírus. Até agora o Brasil contabiliza 10.167.300 casos confirmados do novo coronavírus.


Fonte: PT na Câmara - por Héber Carvalho

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