top of page
Buscar

Ministro de Bolsonaro desviou recursos com candidatas laranjas


Foto - (Crédito: Valter Campanato/Agência Brasi)

O ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que foi eleito deputado federal em Minas Gerais, utilizou um esquema de candidatas laranjas – que não concorrem a sério – para repassar pelo menos R$ 85 mil de recursos públicos a empresas ligadas a seu gabinete, segundo apurou a Folha.

Marcelo Álvaro, que à época presidia o PSL de Minas, mesmo partido de Bolsonaro, indicou quatro candidatas mulheres para cumprir a cota feminina de 30% exigida pela Justiça Eleitoral, recebendo um total de R$ 279 mil do fundo partidário. Deste valor, R$ 85 mil foram oficialmente destinados a empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro.

Uma das candidatas pelo PSL mineiro, Lilian Bernardino, recebeu da direção da legenda R$ 65 mil e obteve apenas 196 votos, o que costuma ser indício de uma candidatura de fachada. Ela repassou R$ 14,9 mil para duas empresas de comunicação do irmão de Roberto Silva Soares, o Robertinho, ex-assessor do gabinete de Marcelo Álvaro, outros R$ 10 mil para uma gráfica da sócia deste mesmo irmão e R$ 11 mil à empresa de Mateus Von Rondon Martins, de Belo Horizonte, responsável pela divulgação do mandato de Marcelo Álvaro.

Mila Fernandes é outra candidata que quase não recebeu votos – apenas 334 – após ter recebido R$ 72 mil para sua campanha. Ela declarou à Justiça ter gasto todo o dinheiro, sendo que R$ 4.900 foram para Mateus Von Rondon.

A terceira candidata do esquema é Naftali Tamar, que recebeu R$ 70 mil e teve 669 votos. Ela declarou gasto de R$ 9.000 com Von Rondon.

Débora Gomes foi a quarta candidata do esquema. Ela gastou R$ 30 mil nas empresas do irmão de Robertinho, R$ 10 mil na da sócia deste e R$ 7.600 para Mateus Von Rondon.

Uma quinta candidata do PSL de Minas, não envolvida no esquema, foi Cleuzenir Souza, que recebeu R$ 60 mil de recursos públicos e obteve 2.097 votos. Ela não declarou gastos com nenhuma empresa vinculada ao ministro e, durante a campanha, registrou um boletim de ocorrência em que acusa dois assessores de Marcelo Álvaro de cobrar dela a devolução de metade do valor.

Fonte: Agência PT de notícias, com informações da Folha

bottom of page