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#FicaEBC defende permanência e papel público da instituição


Foto: Divulgação

Mais de 140 organizações e representantes de diversos setores da sociedade, por meio da Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, lançaram uma carta-manifesto contra a ameaça de extinção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). O documento defende a necessidade da existência da Empresa e de seu caráter público para atender às necessidades de informação e comunicação, especialmente para as populações de locais remotos do país.

O manifesto, assinado por entidades ligadas às mais diversas áreas – como sindicatos e escolas de comunicação – afirma que “ajustes podem ser feitos, uma vez que nenhuma área é imune a críticas. Contudo, não se pode confundir a necessidade de aperfeiçoamento com o fim de serviços essenciais à sociedade brasileira”.

Contrariando as declarações de Bolsonaro, que ainda durante a campanha afirmou que a EBC “é partidária”, e que “não é vantajoso manter em sua gestão um órgão que dá apenas um traço de audiência”, o documento defende a empresa de mais de 40 anos: “A Radiobrás e a TVE do Rio de Janeiro, por exemplo, foram criadas em 1975, demonstrando que a empresa já passou por várias gestões do Executivo, dos mais diferentes partidos.

Além disso, dados do instituto Kantar Ibope de outubro, mostram que a TV Brasil foi a sétima emissora aberta mais assistida do Brasil, com crescimento de 64% desde 2016”.

Para Tereza Cruvinel, ex-presidenta da EBC e integrante da equipe que estruturou a

empresa como pública, a decisão de Bolsonaro é “um retrocesso” e a extinção da empresa “deforma o sistema público de comunicação”.

Além da Frente em Defesa da EBC e da carta-manifesto, também foi lançado pelos trabalhadores da empresa o Movimento #FicaEBC, que busca esclarecer o papel da emissora para a população. De acordo com o Coordenador Geral do Sindicato dos Jornalistas do DF, Gésio Passos, o objetivo é “mobilizar a opinião pública para a importância da comunicação desvinculada dos interesses privados”.

Uma Audiência Pública para debater o assunto está prevista na Câmara dos Deputados,

mas ainda não tem data definida.

Veículos da EBC

A TV Brasil é o mais novo veículo da EBC. Ela foi criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007, com o objetivo de democratizar o acesso à informação e incluir uma TV pública entre as opções para a audiência do telespectador, que contava com canais privados ou estatais. Foi a sucessora da TVE, que esteve no ar durante 32 anos. Veicula 35h de programação semanal, e premiados programas infantis, disponíveis para este público como TV aberta (que não necessita de assinatura).

A Agência Brasil teve 16 milhões de acessos no primeiro semestre deste ano e distribui conteúdo gratuito para milhares de veículos em todo o país, de grandes portais a jornais locais.

A Radioagência Nacional abastece mais de 4,5 mil estações em todas as regiões com mais de 1 mil conteúdos mensais. A Rádio Nacional – a mais tradicional emissora brasileira – e a Rádio MEC – a primeira emissora de rádio do país hoje voltada para um público interessado no melhor de nossa música, clássica e popular – se confundem com a própria história do rádio no país.

A Rádio Nacional da Amazônia chega onde nenhum meio de comunicação alcança, enquanto a Rádio Nacional do Alto Solimões cumpre um papel geopolítico central na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru.

A EBC também presta serviços de comunicação governamental por meio do canal de TV NBr e do programa de rádio “A Voz do Brasil”.

A carta-manifesto segue aberta a apoios, que podem ser formalizados pelo e-mail em < defesadaebc@gmail.com > .

Fonte: PT no Senado

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