“O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro ele muda o comportamento dele. Tá certo? Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater”, afirmou Jair Bolsonaro em 2010, em entrevista na televisão.
Os discursos de ódio do candidato do PSL são claros e explicitam o que o capitão da reserva pensa sobre a comunidade LGBTI+. Se hoje ele finge respeitar a diversidade, isso não passa de falácia eleitoreira. Prova disso, é que nesta quarta-feira (17), Bolsonaro assinou um termo de compromisso em que reconhecerá apenas o casamento heterossexual e ignorará as uniões homoafetivas.
O documento, disponibilizado na página do grupo Voto Católico Brasil, reconhece apenas a “união entre homem e mulher”, O termo defende ainda que a família seja apenas aquela “constituída de acordo com o ensinamento da igreja, e o seu direito de educar os filhos”.
Na página Voto Católico Brasil, que não tem nenhum vínculo legal com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o grupo comemora a assinatura de Bolsonaro e disponibiliza os compromissos assinados pelo candidato do PSL. O site relembra ainda a reação de Bolsonaro quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considerou legítimo o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo:
“ Está bem claro na Constituição aqui: a união familiar é um homem e uma mulher. (…) Essas decisões aí só vêm a cada vez mais solapar a unidade familiar, os valores familiares: vai jogar tudo isso por terra”.
Melhor filho morto do que gay
O histórico de homofobia de Bolsonaro é extenso. A página Revista Lado A reuniu diversas manifestações do candidato contra a comunidade LGBTI+. Para o capitão, é melhor ter um filho morto do que gay.
“Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”, disse Bolsonaro em entrevista ao Terra em 2011.
Ainda segundo o candidato do PSL, na mesma publicação, os homossexuais deveriam ser segregados na sociedade, uma vez que conviver com eles pode levar à desvalorização imobiliária.
“Se um casal homossexual vier morar do meu lado, isso vai desvalorizar a minha casa! Se eles andarem de mão dada e derem beijinho, desvaloriza”, disse Bolsonaro.
O discurso de ódio do candidato tem legitimado atos de violência pelo país. Na madrugada de terça-feira (16), uma travesti for morta a facadas no Largo do Arouche, em São Paulo. Testemunhas disseram ao G1 que os agressores gritavam o nome de Bolsonaro durante o ataque.
Fonte:Agência PT/Foto - (Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/ Fotos Públicas)