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ONU negocia gestão de porto no Iêmen para evitar crise de abastecimento


OCHA/Giles Clarke

Hodeida, cidade litorânea do Iêmen, transformou-se num gargalo humanitário desde que confrontos armados ameaçam fechar o porto local, por onde passam 70% das importações do país. No território iemenita, 99% dos alimentos e dos remédios vêm de fora. O enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, afirmou nesta semana (28) que ofereceu os serviços das Nações Unidas para administrar o ancoradouro.

Hodeida, cidade litorânea do Iêmen, transformou-se num gargalo humanitário desde que confrontos armados ameaçam fechar o porto local, por onde passam 70% das importações do país. No território iemenita, 99% dos alimentos e dos remédios vêm de fora. O enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, afirmou nesta semana (28) que ofereceu os serviços das Nações Unidas para administrar o ancoradouro.

Ataques ao município começaram em meados de junho (13). Segundo Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iêmen, agências internacionais conseguiram entregar, no início da ofensiva, 63 mil toneladas de comida, além de kits de emergência, água, combustível e outros mantimentos. Isso só foi possível porque organizações se preparavam a semanas para lidar com um eventual conflito na região.

“Estimamos que 600 mil civis estejam na cidade. Muitos deles são dependentes de assistência para sobreviver”, afirmou a especialista. “Mesmo com a cidade sendo bombardeada, um veículo contratado pela ONU descarregou milhares de toneladas de comida.”

Desde 2015, o Iêmen vive uma guerra entre rebeldes Houthi e um coalizão do governo que tem o apoio da Arábia Saudita. A guerra destruiu o país e deixou 75% da população precisando de assistência humanitária, incluindo cerca de 11 milhões de menores de idade.

Na avaliação de Martin Griffiths, que dialogou com diferentes partes do conflito ao longo das duas últimas semanas, a solução para a crise em Hodeida está “intrinsecamente atrelada ao recomeço das negociações políticas”.

Um dos avanços rumo ao diálogo foi o fato de que tanto o governo do Iêmen quanto os Houthi aceitaram que a ONU tenha um papel de liderança na gestão do porto da cidade. Mas a medida depende de um cessar-fogo geral na província.

Griffiths ressaltou a importância de se criar um governo de unidade nacional. Segundo o dirigente, isso deve ser considerado uma prioridade para as pessoas comuns do Iêmen, que “clamam, todas, por paz”.

Fonte: ONU/Foto - (Crédito: OCHA/Giles Clarke)

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