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Uruguai é 1º país sul-americano a acolher refugiados da América Central


O Uruguai se tornou no primeiro país da América do Sul a receber refugiados da América Central. As quatro famílias serão acolhidas em locais do interior do país. Foto: ACNUR

Quatro famílias vindas da América Central chegaram ao final de novembro (30) ao Uruguai, onde poderão reconstruir suas vidas longe da violência. Desde 2009, o governo do país sul-americano implementa um programa de reassentamento que possibilita o acolhimento de refugiados com necessidades específicas de proteção. Iniciativa foi ampliada para contemplar pessoas do norte da América Central, o que faz do Uruguai o primeiro país sul-americano a receber egressos da região.

O projeto de reassentamento já havia permitido a transferência de 69 colombianos e 32 sírios para terras uruguaias. Agora, o programa beneficiará indivíduos de outras partes da América Latina.

A violência generalizada se tornou uma das principais causas de deslocamentos oriundos de El Salvador, Guatemala e Honduras. Em meados de 2017, o número de refugiados e solicitantes de refúgio desses três países juntos chegou em mais de 240 mil pessoas, o que representa um aumento de quase dez vezes num período de cinco anos.

O processo de seleção das famílias — que foram indicadas e assistidas pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) — foi liderado pela Comissão de Refugiados (CORE), instituição encarregada das solicitações de refúgio no Uruguai. A CORE é formada por diversos organismos governamentais, universitários e da sociedade civil, além de contar com o apoio técnico do ACNUR e sua agência parceira no Uruguai, o Serviço Ecumênico para a Dignidade Humana (SEDHU).

Os recém-chegados da América Central receberão acompanhamento de uma equipe de profissionais, responsáveis por facilitar sua integração social, econômica e cultural. Assistência mobilizará programas públicos e contribuições da comunidade internacional. As famílias serão acolhidas em quatro locais no interior do país. Com o apoio fornecido, o governo e seus parceiros esperam garantir a autossuficiência dos refugiados.

Para Michele Manca di Nissa, representante do Escritório Regional do ACNUR para o Sul da América Latina, o posicionamento do Uruguai pode inspirar medidas semelhantes em outras nações. “Novamente destacamos a solidariedade e generosidade do governo uruguaio e esperamos que outros países da região façam parte dessa iniciativa humanitária”, afirmou.

Fonte: ONU/Foto: ACNUR

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