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Temer faz o maior corte da história do Bolsa Família


Em mais um ataque ao povo brasileiro, o presidente ilegítimo Michel Temer cortou no mês de julho deste ano 543 mil benefícios do programa Bolsa Família. Esta é a maior redução em um único mês do número de beneficiários pagos pelo programa criado pelo ex-presidente Lula em 2003, e que já tirou 42 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) em reportagem do portal Uol Notícias. O corte inclui suspensões para avaliação e cancelamentos.

Deputados da Bancada do PT utilizaram as suas redes sociais para lamentar e criticar a decisão do governo golpista de Temer. O deputado Marco Maia‏ (PT-RS), em sua página no Facebook protestou: “Enquanto o Bolsa Família, programa para combater a fome, está sendo eliminado, Temer perdoa dividas milionárias de grandes bancos”. Maia escreveu ainda que as dívidas dos banqueiros custam mais que o dobro do Bolsa Família para os cofres públicos. “Que país é esse?”, questionou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) avaliou, em sua conta no twitter, que esse corte no Bolsa Família é a face mais cruel do golpe que retirou a presidenta eleita Dilma Rousseff do Poder. “A face mais cruel e inaceitável do golpe é a retirada dos pobres do orçamento da União”, afirmou.

Também em sua conta no twitter, a deputada Benedita da Silva‏ (PT-RJ) lamentou mais esse golpe contra o povo. “Todo dia é um 7×1 contra o povo brasileiro”, escreveu a deputada em uma alusão a pior derrota da seleção brasileira em uma Copa do Mundo, quando perdemos por esse placar.

E o deputado Angelim‏ (PT-AC) compartilhou em seu twitter matéria sobre o corte no Bolsa Família e lamentou: “Mais famílias no Mapa da Fome. É inaceitável tamanha insensibilidade”.

Redução – O número de bolsas pagas em julho foi de 12.740.640, o menor quantitativo desde julho de 2010, quando foram pagas 12.582.844 bolsas. Na comparação entre julho de 2014, último ano do primeiro mandato da presidenta eleita Dilma Rousseff, e o mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas.

Enquanto o governo golpista corta aqueles que já recebem o benefício, mais de meio milhão de famílias continuam na lista de espera para ingressar no programa, sem qualquer previsão de serem contempladas.

A reportagem do UOL entrevistou a camareira Rosângela da Silva, 43 anos, que tem três filhos e recebia R$ 124 até junho. “A verdade é que a gente fica sempre esperando uma notícia assim, pois sabe que estão cortando tudo. Até direitos da gente já cortaram”, diz Rosângela. “Agora cortaram do nada”.

Como o de Rosângela, outros relatos apontam que não houve informação prévia do corte e as pessoas não foram notificadas para recadastro.

Em nota, a presidenta Dilma afirmou que é “estarrecedor” o corte em programas sociais em período de crise, e classificou a decisão de Temer como “muito grave”.

“Quando deixamos o governo, devido ao golpe do impeachment fraudulento, havia 13,9 milhões de famílias recebendo o benefício do Bolsa Família ao custo de R$ 27 bilhões. Hoje, são beneficiados 12,7 milhões de famílias. Uma queda de 1,2 milhão de famílias. E isso ocorre justamente num quadro de recessão e crise econômica profunda, com corte generalizado de gastos públicos. A rede de proteção social do Bolsa Família está sendo furada por esse governo ilegítimo e iníquo”, afirmou.

Dilma disse ainda que o corte mostra que o Palácio do Planalto fez uma opção clara pelos mais ricos. “Essas 543 mil famílias retiradas agora do programa custariam menos de R$ 100 milhões por mês. O governo ilegítimo vai colocar a conta do pato nas costas dos mais pobres”, declarou.

A presidenta eleita enfatizou, ainda, que o argumento de falta de recursos não se justifica, uma vez que houve liberação de “dinheiro a deputados para arquivar uma denúncia“, o que torna “inadmissível reduzir os programas sociais”.

“Justamente o Bolsa Família que protege as famílias brasileiras mais pobres. As ‘bolsas’ concedidas em menos de seis meses pelo governo ilegítimo representam quase metade do Bolsa Família anual”, pontuou.

Em 13 anos, o maior programa de inclusão social que o Brasil já conheceu garantiu a frequência escolar de milhões de crianças e jovens (que correspondem a 55% dos beneficiários); deu poder às mulheres chefes de família, e garantiu cidadania e proteção social à população mais vulnerável de nossa sociedade, entre outras conquistas.

Fonte: PT na Câmara, com informações do Portal UOL e da Agência PT de Notícias

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