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Livro reúne dados de animais preservados pela Embrapa


Conservação de raças prevê armazenamento de material genético das espécies Arquivo/EBC

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou nessa segunda-feira (9) o Inventário de Recursos Genéticos Animais. A publicação reúne informações sobre os animais que fazem parte do programa de conservação da empresa.

Os dados coletados no livro compõem uma pesquisa que teve início em 1980 e que foram impressos pela primeira vez. Há informações detalhadas sobre animais de interesse zootécnico, incluindo os mais utilizados na agropecuária, como bovinos, caprinos, suínos, bubalinos, equinos e ovinos, além de peixes, abelhas, muçuãs (pequena espécie sul-americana de tartaruga de água doce) e caititus, conhecidos popularmente como porcos do mato.

Assim, é possível mapear a ocorrência desses animais no Brasil, comportamento e características específicas de cada uma das raças. Raças naturalizadas Para Maria do Socorro Maués, que é uma das editoras da obra: “muito mais do que compilar dados, o Inventário apresenta ao leitor um universo, que poderia ter desaparecido, se não fosse o esforço e dedicação de pesquisadores da Embrapa que, em parceria com criadores e outras instituições de pesquisa e ensino no Brasil, dedicam-se diariamente à conservação das raças localmente adaptadas no Brasil. Trata-se de um universo de diversidade genética, desconhecido por muitos, mas que representa a base da formação dos rebanhos comerciais brasileiros”. O objetivo principal do livro é aumentar o conhecimento de pecuaristas, professores, pesquisadores e estudantes sobre as raças localmente adaptadas, ressaltando a sua importância para a história da pecuária brasileira. “Esperamos que seja mais um passo para consolidar a reinserção desses animais no mercado produtivo”, ressalta a pesquisadora. A Embrapa investe na conservação de recursos genéticos animais desde 1983. O objetivo é preservar raças de animais domésticos de interesse para a pecuária, conhecidas como localmente adaptadas, pois se desenvolveram no Brasil a partir de animais trazidos pelos colonizadores logo após o descobrimento. São, portanto, verdadeiros tesouros genéticos, pois possuem características de rusticidade e adaptabilidade adquiridas ao longo dos séculos, com grande potencial de uso em programas de melhoramento genético, a partir de cruzamentos com raças comerciais. Conservação A conservação de raças localmente adaptadas é uma das prioridades da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), que mantém uma comissão permanente para fortalecer a conservação e uso sustentável de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos em nível mundial. Para evitar a perda desse material genético importante e insubstituível, a Embrapa coordena ações de conservação, que envolvem a seleção de animais doadores de sêmen, embriões e DNA.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Embrapa

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