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Oposição vai ao STF para barrar PEC 241 do governo golpista, que acaba com os direitos sociais no Br


Nessa sexta-feira (7), a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC 241/16), que limita os gastos públicos para as despesas primárias dos três poderes. Além da parlamentar, o documento é assinado pelos líderes do PCdoB, Daniel Almeida (BA), e do PT, deputado Afonso Florence (BA) e outros parlamentares da oposição

De acordo com o documento, a PEC só poderia ser apreciada no plenário da Câmara após julgamento do mandado pelo Supremo. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa, convocou para segunda-feira (10) a votação da matéria.

A peça contesta a legalidade da PEC, pois interfere na autonomia

administrativa e financeira dos poderes Judiciário e Legislativo, e viola o direito democrático dos próximos cinco presidentes.

A PEC 241, encaminhada pelo governo golpista de Michel Temer enquanto ainda ocupava interinamente a Presidência da República, propõe alterações na Constituição Federal para instituir um novo regime fiscal que deve congelar os gastos sociais nos próximos 20 anos. Pelo texto, o aumento das despesas fica limitado à variação da inflação do ano anterior e mudanças só poderão vigorar a partir do 10º ano.

“Temer resolveu colocar na Constituição limites de recursos para as políticas públicas. Ele tira a constitucionalização da saúde, da educação, retira dinheiro de custeio e investimento, ou seja, as estatais não terão mais investimento, os servidores públicos não terão aumento, as políticas públicas vão minguar e vão ser delegadas para onde este governo quer, que é para o mercado”, explicou Jandira.

A parlamentar acrescentou que, ao mesmo tempo, a PEC do governo golpista não tem nenhum limite para o capital financeiro e pagamento de juros. “Esta é a cara do governo Temer, é a principal pauta dele. É a constitucionalização do orçamento sem povo e da agenda do chamado Estado mínimo: o Estado é mínimo para o povo e o mercado é máximo para os seus lucros. Então, nós vamos sustar porque para além de ele congelar uma política econômica na Constituição, ele invade a competência de outros poderes, além de violar o direito democrático de qualquer futuro presidente poder rever a política econômica sem mexer na Constituição”, afirmou.

Fonte e imagem: ´PT na Câmara, com informações da Liderança da Minoria/Foto: Lula Marques/Ag.

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