Não vai ter golpe! Mas, supondo, por frouxidão da Justiça, houvesse
- Equipe Rede Mundo
- 15 de abr. de 2016
- 2 min de leitura

Não vai ter golpe! Mas, supondo, por frouxidão da Justiça, houvesse. Obviamente que aquele considerado o maior bandido político da história, o Cunha, sairia como o grande vencedor do processo.
E para posteridade, Cunha continuaria sendo considerado o maior bandido político da história.
Mas com um detalhe.
Seria considerado um bandido inteligente, sagaz, corajoso. Um bandido que conseguiu dominar o Congresso Nacional brasileiro; derrubar um governo legitimamente eleito; calar e desacreditar a Justiça (Porque depois de tal episódio a maioria do povo desacreditaria por completo na Justiça brasileira)
E mais: deputados e senadores que apoiariam o golpe seriam considerados pela historia meros traidores, venais, idiotas e babacas iludidos pelo Cunha.
Somente Cunha (acompanhado da primeira dama e filha) seria protagonista de seu grande feito.
Livros, filmes, contando as aventuras de Cunha, percorreriam o mundo, lotando salas, salões e cinemas. Certamente com o seguinte título:
“O bandido que dominou os Três Poderes e virou presidente da República do Brasil”
Os demais membros dos Três Poderes derrotados seriam lembrados apenas com chacotas.
Obviamente que tal estória é imaginada num cenário:
Onde não existe povo consciente, organizado e decidido a lutar pelos direitos garantidos na Constituição;
Onde o povo, trabalhadores, movimento social e cultural calariam frente ao entreguismo, à corrupção e aos danos à nossa soberania;
Onde o STF, a PGR, PF e Moro, mídia golpista e a direita como um todo, imaginam que teriam tudo sobre seu controle, até as forças armadas se necessário fosse;
Onde a indústria de armas bélicas do mundo não estaria interessada em transformar o Brasil em sua próxima praça de guerra;
Onde Cunha, depois de tirar Temer, PMDB e PSDB, do caminho, reinaria tranquilo com a primeira dama e filha, dominando a agenda diária na mídia, percorrendo o país e tirando selfies com coxinhas e advogados da OAB que apoiaram o golpe no Brasil.
Um cenário hollywoodiano, com grande baile no final, para o qual convidados seriam apenas membros da direita: mídia golpista, Fiesp, novos donos do pré-sal, casais que compõem os ministérios do STF, governo e Congresso. Nem Moro mais seria convidado.
Um ambiente realmente incrível, lindo e maravilhoso. Apenas contrastado pelos milhares de mendigos e pedintes que insistem em rodear o prédio e que são impedidos de entrar pelo forte esquema de segurança.
Mas na história real, não haverá golpe, Cunha é destituído do cargo, julgado, condenado e preso.
E o protagonismo da nova história será de todos aqueles que honraram seus mandatos votando contra o golpe, e defendendo intransigentemente a democracia nas mídias, ruas e praças de todo o país.
Porque a democracia brasileira pode ser melhorada, ampliada, mas nunca, jamais golpeada e vilipendiada.
Fonte: Equipe Rede Mundo




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