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Brasil e Reino Unido agilizarão reconhecimento mútuo de diplomas


Protocolo de intenções foi firmado entre o ministro Aloizio Mercadante e o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alexander Ellis Ministério da Educação

O governo brasileiro e o governo do Reino Unido criaram, nessa quarta-feira (13), uma comissão técnica bilateral para discutir os processos de diplomação de mestrado e doutorado dos dois países e estudar formas de ampliar o reconhecimento mútuo de diplomas de pós-graduação. O acordo é inédito para o Brasil.

O protocolo de intenções foi firmado entre o ministro da Educação, Aloizio Mercadante e o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alexander Ellis. O documento também foi assinado pelo assessor sênior governamental para assuntos científicos do governo britânico, Sir Mark Walport, e o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Nobre.

“Considerando que a Capes tem um sistema que avalia a qualidade de todos os programas de pós-graduação no Brasil e o Reino Unido tem um sistema equivalente, o diploma será automaticamente aceito”, afirma o presidente da Capes.

No caso do Brasil, essa é uma das tarefas da Capes, que avalia 4,3 mil programas de pós-graduação. “O Reino Unido reconhece a qualidade desse sistema, e é isso que vai possibilitar todos os títulos brasileiros serem reconhecidos e vice-versa”, complementa.

A proposta já estava em discussão há mais de um ano. As primeiras reuniões do grupo ocorrem em maio, nos dois países. A perspectiva é de que o sistema mútuo de reconhecimento esteja em funcionamento no início do próximo semestre.

A iniciativa deve ser discutida também com outros países que tenham sistemas de avaliações semelhantes ao do Brasil.

Reconhecimento

Atualmente, no Brasil, as instituições de Ensino Superior estabelecem acordos bilaterais com instituições no exterior para reconhecimento de títulos. A pessoa interessada em ter seu diploma de mestrado ou doutorado no exterior reconhecido no Brasil precisa buscar uma universidade que tenha curso equivalente e que seja recomendado pela Capes com nota igual ou superior a 3.

Graduação

A iniciativa começa com pós-graduação, e a perspectiva é que sirva de parâmetro para o estudo do reconhecimento de graduação. De acordo com o presidente da Capes, os cursos de graduação têm diferenças complexas de conteúdos que demandam mais tempo para uma possível análise de equivalência e reconhecimento.

“No Brasil, medicina requer seis anos de estudo. Em alguns países, primeiro o aluno faz quatro anos de graduação para depois se inscrever na escola de Medicina”, explica.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação

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