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Professores alertam: Alckmin faz reorganização escolar silenciosa


Ato contra a reorganização das escolas no Palácio dos Bandeirantes (Foto: Luiz Claudio Barbosa/Código19 )

Em 2016, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) já fechou 1.363 salas de aula, apesar de ter prometido não reduzir o espaço para educação na rede pública, após greve dos professores, manifestações e ocupações de escolas em 2015. Este número foi levantado peloSindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e inclui dados de até 25 de fevereiro.

Houve fechamento de classes em 51 de 93 regiões do estado de São Paulo. “É bom ressaltar que não é qualquer fechamento. É principalmente de salas do noturno, para os alunos trabalhadores”, disse à Agência PT de Notícias a professora e presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

A decisão foi tomada durante as férias escolares, quando os professores estavam no período de atribuição de aulas, notaram e alertaram que as salas de aula estavam sendo fechadas.

“Temos o sentimento de que o fechamento destas salas de aula podem encaminhar na perspectiva de fechar escolas inteiras. Porque vai reduzindo muitas salas de aula e a própria comunidade acaba “aceitando” que não dá para funcionarem duas salas de aula em uma escola toda. A reorganização escolar acontece de forma silenciosa”, lamentou Maria Izabel.

Em Carapicuíba, por exemplo, a Escola Estadual Oscar Graciano foi fechada. Em Mauá, 52 salas de aula que deixaram de funcionar. Em Guarulhos, na EE Maria Aparecida Ranzanni, houve fechamento de 8 classes do ensino fundamental II. Na prática, esta unidade cumpriu a reorganização prevista. Na região de Campinas, 41 classes. Em Presidente Prudente e região, 20 classes e 4 períodos fechados.

Outro estudo mostra que 2.800 salas de aula no estado vão fechar em 2016, apesar de as escolas estaduais paulistas terem recebido 70 mil matrículas a mais do que em 2015. Essa redução foi revelada pela Rede Escola Pública e Universidade, movimento que surgiu a partir das ocupações das escolas estaduais em 2015 e é formado por pesquisadores da USP, Unicamp, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), (Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo (IFSP).

A pesquisa comparou dados de 2015 e 2016 em relação ao número de alunos, de turmas e de escolas que oferecem cada ciclo de ensino a partir de dados da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com o levantamento, citado pelo site “Rede Brasil Atual”, já houve fechamento abrupto de 2.100 salas no ensino fundamental. No ensino médio, houve aumento de 70.634 matrículas em relação a 2015. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), são 16.509 matrículas a mais.

A pesquisa apontou ainda que oito escolas deixaram de oferecer as diversas modalidades de ensino (exceto no que diz respeito ao ensino médio, em que houve um aumento de oito escolas), outras 23 escolas extinguiram a oferta de ensino para as séries iniciais do ensino fundamental, cinco fecharam vagas para as séries finais do ensino fundamental e 39, a Educação de Jovens e Adultos.

Fonte: Agência PT de Notícias - por Daniella Cambaúva

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