Pontos sobre manifestações de domingo (13)
- Equipe Rede Mundo
- 14 de mar. de 2016
- 3 min de leitura

Sobre manifestações de ontem (13), vele destacar, para análise e avaliação, os pontos abaixo elencados por colaboradores da Rede Mundo:
1. É importante considerar o que a presidente Dilma dissera em nota à imprensa no dia de ontem: “A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada. O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições.”
2. Deve-se levar em consideração também a avaliação da senadora Gleisi Hoffimann (PT), apresentada em sua coluna semanal, “Os protestos não traduzem o sentimento do conjunto do país”. Segundo ela, apesar de os protestos serem expressivos e legítimos, quem participou continua sendo a classe média mais tradicional, não traduzindo o sentimento de conjunto do país; as bandeiras mais naturais e urgentes como emprego, renda, juros, salários, investimentos, programas sociais, saúde, educação foram esquecidas; e tudo resumiu-se ao combate seletivo da “corrupção” e à criminalização do PT, Lula e Dilma. Para a senadora, a sensação é de que se “tirar Dilma do governo, prender Lula e acabar com PT, solucionaria tudo, seguraria inclusive o ímpeto da Lava Jato”.
3. É preciso ter clareza de que a desfaçatez e a truculência da classe dominante não têm limites. Ela vai continuar articulando sua base aliada no Congresso, nos governos municipais e estaduais, de empresários, igrejas, movimentos e mídia golpista, para deslocar o PT do governo.
4. A direita não têm dúvida de que os governos petistas dificultam o domínio econômico e os privilégios que ela sempre teve no pais, sobretudo no setor econômico. Portanto, por quaisquer meios (político, jurídico, econômico, midiático, legal ou ilegal, constitucional ou não) ela vai continuar sua trajetória de luta contra o governo Dilma, Lula e PT.
5. Para quem ainda se ilude com o discurso de seus representantes na mídia monopolizada e no parlamento, supostamente contra a corrupção e a favor da democracia, o sequestro de Lula, na última sexta-feira, dia 4 de março, foi um choque de realidade.
6. Quem defende a democracia precisa ter em mente o que o Lula disse logo após a desnecessária e injusta “condução coercitiva” e a pirotécnica invasão do Instituto Lula, de seu apartamento e das residências de filhos e colaboradores: Que não vão intimidá-lo, nem impedir que continue a lutar pelo que acredita, pelo PT, pelos trabalhadores e pelo Brasil. Se necessário, será candidato em 2018, retomando as viagens e participando de manifestações populares.
7. Como se pode perceber, isso foi o bastante para que saudosos da ditadura invocassem, logo no dia seguinte, a intervenção militar em defesa da lei e da ordem que Lula e os petistas estariam a ameaçar. Em seguida, três promotores em busca de notoriedade denunciaram o ex-presidente, pedindo sua prisão preventiva. Ambas, a denúncia e o pedido de prisão carecem de fundamento legal.
8. No entanto, o recado das ruas precisa ser bem entendido e avaliado. Governo, partidos e setores aliados têm que tomar uma série de providências no âmbito da política e da economia, para reverter o cenário atual.
9. Uma das principais providências é a rearticulação imediata do PT com o governo Dilma, com a base aliada no Congresso e setores da economia e da sociedade civil e política, buscando consenso para a implementação de medidas econômicas ousadas e eficazes de combate à crise e o desemprego. Sem a imediata recuperação da economia, sem ampliação do crédito e a geração de emprego e renda, a tendência é o agravamento da crise política e o fortalecimento de apoio social às pretensões da direita golpista.
10. Outra medida de enfrentando à crise política e as tentativas de golpe, é o fortalecimento da mobilização social. Não há mais como, na atual conjuntura, combater de forma efetiva as pretensões golpistas, a não ser combinando ações políticas e econômicas institucionais, com mobilização popular efetiva e ampla nas ruas.
11. Não há ninguém melhor que Lula para coordenar, no governo, a articulação e implementação de algumas medidas aqui mencionadas.
12. No mais, vamos à Luta! As forças democráticas estão anunciando que, nesta semana, sexta-feira, dia 18, tem-se um grande desafio: encher as ruas em todo o País, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia. A esta convocação, nenhum de nós pode faltar!
Colaboradores da Rede Mundo - Fotos: Foto: Paulo Pinto/ Agência PT e Foto: Daniel Isaia/ Agência Brasil




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