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Conselho do Ministério Público cancela depoimento de Lula e repreende procurador; mídia censura info


O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão criado para evitar abusos por parte de integrantes do Ministério Público, decidiu ontem que Cassio Conserino não é “promotor natural” para produzir uma investigação na qual pretendia averiguar a propriedade de um apartamento no Guarujá. No foco de sua investigação está o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia. O CNMP concedeu liminar em pedido feito pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), e o conselheiro do caso, Valter Araujo, afirmou que Conserino, além de não ser promotor natural, não tem competência para fazer essa investigação.

Paulo Teixeira foi adiante e acrescentou que o promotor fez um prejulgamento ao antecipar seu juízo para a revista Veja, antes mesmo de ouvir o ex-presidente, comprovando que agiu sem equilíbrio requerido pela função de quem investiga. Além disso, continuou Teixeira, o promotor tentou influenciar a sociedade ao vazar documentos, numa atitude política, ilegal e que fere a Lei Orgânica do Ministério Público.

A tentativa de encontrar prova que incrimine o ex-presidente Lula tem povoado o imaginário de muitos adversários políticos e as famílias que controlam os principais grupos de mídia do Brasil. Atraído pelos holofotes da fama durante 15 minutos, Conserino, antes de avaliar documentos do que a imprensa vem chamando pomposamente de tríplex o apartamento com menos de 100m², tratou de divulgar para a publicação mais reacionária do Brasil que iria indiciar Lula e dona Marisa por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Detalhe: sem dizer qual crime.

Paulo Teixeira considera que é o promotor que deverá ser investigado por sua conduta, em processo a ser aberto pelo CNMP.

Curiosamente, depois de semanas de destaque nas primeiras páginas dos grandes jornais, o apartamento do Guarujá praticamente desapareceu.

Motivo: descobriu-se na mais recente fase da Lava Jato, que deteve diretores e funcionários da consultoria Mossack Fonseca & Co, tem como subsidiária a Agripecuária Veine que, por sua vez, figura como verdadeira proprietária da mansão da família Marinho, que é dona do jornal O Globo, da revista Época e da Teve Globo, entre outras.

A mansão, dezenas de vezes maior do que o tríplex no Guarujá, fica em

Paraty e enfrenta processo na justiça por ter sido construída numa área de proteção ambiental. Não se sabe porque ou por quais motivos, se para sonegar impostos ou não, a agropecuária também é dona de um helicóptero que é usado pelos herdeiros de Roberto Marinho para andar daqui para lá e de lá para cá.

É interessante notar que para os barões da mídia a notícia só vale se for para prejudicar o maior presidente que esse País já teve. A imprensa silencia sobre essa mansão, faz vista grossa e finge que não é com a “família”. O mesmo aconteceu no auge dos depoimentos da operação Lava Jato, quando ouviu Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Numa audiência, revelou que tinha estava trabalhando para vender uma ilha pertencente à família Marinho. Nem um pio da imprensa, o objetivo é “pegar” Lula.

No caso do tríplex, Lula abriu seu imposto de renda e lá percebe-se que o ex-presidente sindicalista, como a elite gosta de chama-lo, continua pobretão. A imprensa tentou transformar um barco de alumínio num iate a la Lady Laura. Deu com os burros n’água. Comeu bola, como a manchete de hoje da Folha de S. Paulo: Antena perto de sítio foi um “presente” da Oi para Lula. Trata-se de mais um delírio do jornal.

E por aí vai e ficamos assim. Paralisados diante de tanta manipulação da mídia? Não, a defesa de Lula é intransigente e contínua e a decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) só reforça toda e qualquer mobilização em favor da verdade, da democracia e da liberdade de expressão

Fonte: PT no Senado - por Marcello Antunes

 
 
 

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