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Cientista brasileira é destaque em revista científica de genética


A próxima edição do Journal of Heredity publicará um artigo sobre as tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata), liderado pela pesquisadora brasileira e bolsista do Ciência sem Fronteiras, Sarah Vargas. Intitulado Phylogeography, Genetic Diversity, and Management Units of Hawksbill Turtles in the Indo-Pacific, o artigo aborda a diversidade genética e estrutura populacional desses animais.

Neste trabalho, a equipe de pesquisadores analisou um grande número de amostras abrangendo a maior área geográfica até então analisada para a espécie. Foram 492 amostras de 14 populações da região do Indo-Pacífico para contribuir com o conhecimento de como a diversidade genética destes animais está distribuída na região e, a partir daí, sugerir unidades de manejos para conservação.

Apesar do trabalho ter focado populações do Indo-Pacífico, tem grande importância para as populações do Atlântico, inclusive do Brasil. "Tivemos evidências de migração, via Cabo da Boa Esperança, entre populações de desova do centro do Oceano Índico (Seychelles, Chagos) e regiões de alimentação no Sul do Atlântico, no Atol das Rocas e Fernando de Noronha, e Caribe", afirmou Sarah Vargas.

De acordo com a pesquisadora, a caracterização genética destas populações do Indo-Pacífico é de grande importância para a conservação da espécie no mundo inteiro. Com ela, é possível definir a impressão digital das populações, entender as suas rotas migratórias e evitar a captura incidental destes animais enquanto migram.

Encontrada nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, esta tartaruga-de-pente tem um histórico de intensa exploração comercial dos seus ovos, carne, casco e até do seu corpo para taxidermização e utilização para decoração.

No Brasil, a espécie pode ser encontrada buscando alimentos em águas de Fernando de Noronha (PE), Atol das Rocas (RN), Abrolhos (BA), Ilha de Trindade (ES) e Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC). Animais dessa espécie também utilizam a areia das praias para construir seus ninhos e desovar em várias localidades do Nordeste, principalmente Bahia e Sergipe.

O Journal of Heredity publica, desde 1903, artigos nas áreas de genética de espécies ameaçadas de extinção, estrutura populacional e filogeografia, genética molecular de resistência a doenças em plantas e animais, biodiversidade genética, entre outros campos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do CNPq

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