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Manifestações ocorrem sem incidentes em várias capitais


Transcorrem sem qualquer incidente as manifestações nas principais capitais do país, organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras organizações sociais. Os participantes defendem com unanimidade o mandato da presidenta Dilma Rousseff e suas reivindicações se distribuem entre os interesses políticos e econômicos de cada categoria, que vão desde o protesto contra a terceirização às medidas de ajuste fiscal.

Em São Paulo, os manifestantes, que se concentraram no Largo da Batata, na zona oeste da cidade, caminham neste momento em direção ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A passeata passará pelas avenidas Faria Lima, Rebouças e Paulista. Cerca de 75 mil pessoas, segundo os organizadores, participam do ato. A Secretaria de Segurança Pública, até o momento, não deu uma estimativa sobre o número de manifestantes.

Um manifesto contra o ajuste fiscal, pela defesa da democracia e dos direitos sociais foi apresentado pelas entidades. Assinam o documento, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, a União Nacional dos

Estudantes (UNE), a Marcha Mundial das Mulheres, entre outros.

“Este ato foi puxado em cima de um manifesto. Este ato não é e nem vai se tornar um ato de defesa do governo. Isso tem que ficar muito claro”, disse Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST. “Existe um posicionamento, do conjunto das organizações em defesa da democracia e de ser contra a postura golpista da direita. Mas existe igualmente um posicionamento claro de ser contra o ajuste fiscal, de ser contra a Agenda Brasil e de não ser em defesa do governo”, acrescentou.

A manifestação na capital paulista teve ainda a presença de políticos e militantes do PT, PCdoB, PCO e PDT. Orlando Silva, ex-ministro do Esporte e atual deputado federal (PCdoB), elogiou o grau de representatividade do evento. “Considero este ato muito representativo dos movimentos sociais. Aqui há as centrais sindicais, entidades da juventude, movimentos sem-teto. Considero que é um ato que tem uma marca muito positiva, que é a defesa da democracia, e considero legítimo os movimentos sociais criticarem medidas do governo. É natural haver críticas ao ajuste econômico porque isso afeta a vida das pessoas. E a democracia se fortalece”, disse.

No final do ato, por volta das 22h, assim como ocorreu no inicio, os manifestantes lembraram as mortes ocorridas em uma chacina, na semana passada, nas cidades de Barueri e Osasco, na Grande São Paulo.

No Rio, a manifestação começou com uma concentração na Candelária, na região central da capital fluminense. Neste momento, os manifestantes estão na Cinelândia, depois de passar pela Avenida Rio Branco. Diversas entidades sindicais, estudantis e políticas estão representadas no ato. Participam também pessoas comuns.

Para o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Joacir Pedro, é necessário reagir contra a tentativa de desestabilizar o atual governo. Segundo ele, que é presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval do Petróleo, o setor naval cresceu muito desde o inicio do governo Lula, quando pulou de 3 mil trabalhadores para 80 mil, com a decisão de construir navios e plataformas de petróleo no Brasil.

De manhã, ativistas do MTST e organizações sociais também se reuniram na Cinelândia contra o ajuste fiscal e medidas como a redução da maioridade penal e a Agenda Brasil, que consideram uma "ofensiva da direita" no país. O ato também é contra pedidos de impeachmentda presidenta Dilma Rousseff.

Os manifestantes caminharam por ruas do centro do Rio com faixas e palavras de ordem.

A passeata foi acompanhada por policiais militares e agentes de trânsito.

Ao passar pelo Ministério da Fazenda, os manifestantes ocuparam as escadarias do prédio por alguns minutos. O grupo parou em frente ao número 50 da Avenida Nilo Peçanha, prédio onde funciona o escritório do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gritando “Fora, Cunha” e palavras contra a redução da maioridade penal.

O coordenador do MTST, Felipe Brito, disse que o objetivo da manifestação é “emitir uma crítica à ofensiva conservadora, reacionária, autoritária e antipopular", que, segundo ele, é personificada por Cunha. "Queremos que o governo reveja o caminho das políticas recessivas de enfrentamento da crise, porque o setor mais vulnerável é o dos trabalhadores".

Fonte: Agência Brasil

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