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Programa Brasil de Todas as Telas anuncia a maior operação de digitalização de salas de cinema do Pa


A Agência Nacional do Cinema - ANCINE e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão financiar, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), a maior iniciativa já realizada para a digitalização do parque exibidor brasileiro. O BNDES acaba de aprovar um financiamento de R$ 123,3 milhões à empresa Quanta DGT, que vai possibilitar a migração de 770 salas de cinema de empresas exibidoras brasileiras para o padrão digital. Os exibidores beneficiados pela operação administram cerca de 1.100 salas em todo o país.

A operação será realizada por meio da Linha de Digitalização do Programa Cinema Perto de Você, um dos eixos do Programa Brasil de Todas as Telas. Lançado em julho de 2014 pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, o programa Brasil de Todas as Telas é uma ampla ação governamental que visa transformar o País em um grande centro de produção e programação de conteúdos audiovisuais brasileiros. Trata-se do maior programa de desenvolvimento do setor audiovisual já construído no Brasil, formulado pela Agência Nacional do Cinema - ANCINE em parceria com o Ministério da Cultura, e com a colaboração do setor audiovisual por meio de seus representantes no Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA.

Entenda o modelo de negócios da Linha de Digitalização

A Linha de Digitalização foi pensada de forma a dar condições para que o pequeno exibidor também possa viabilizar a transição para a projeção digital. As condições financeiras da operação de crédito variam de acordo com o porte de cada grupo exibidor. Para grupos com mais de 10 salas, é aplicada uma taxa de juros de 3% ao ano. Grupos com menos de 10 salas podem tomar crédito sem juros. O programa disponibiliza ainda um apoio não reembolsável aos grupos menores, com até quatro salas de cinema. Nesta operação, R$ 2,7 milhões serão destinados a estes pequenos exibidores.

A linha de crédito é destinada a empresas capacitadas a atuar como coordenadoras do processo de digitalização, papel desempenhado pela Quanta DGT nesta operação. A Quanta tomará o crédito com o banco e assumirá a função de atuar em todas as pontas do negócio: pactuar o VPF (Virtual Print Fee) com os distribuidores; contratar com os exibidores a locação dos equipamentos; adquirir os equipamentos; manter centro de operações para o controle do funcionamento dos projetores; receber o pagamento dos exibidores relativos ao aluguel dos equipamentos e o pagamento de VPF dos distribuidores para amortizar este financiamento; e repassar à ANCINE informações sobre a operação das salas. Para isso, a Quanta DGT construiu algumas parcerias, entre elas com a Arts Alliance Media (AAM), uma das maiores integradoras com contratos de Virtual Print Fee do mundo com atuação em cinema digital.

Com a digitalização, espera-se, além da redução dos custos operacionais, a ampliação do modelo de negócios, gerando receitas adicionais para estes exibidores. Os pequenos exibidores terão maior facilidade de acesso aos títulos na época do lançamento e a possibilidade de multiprogramação, aumentando potencialmente a taxa de ocupação das salas.

Para o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, a digitalização pode ser vista como um fator de inclusão no mercado audiovisual. “A digitalização melhora a distribuição nos municípios do interior, gera mais receitas para o exibidor e uma maior diversidade de filmes lançados. Associada às medidas de desoneração tributária do RECINE e às linhas de crédito e investimento para abertura de salas, essa iniciativa reflete a atenção especial da política pública do audiovisual para a atividade de exibição cinematográfica. Ao término do processo, o Brasil terá o parque exibidor mais moderno da sua história".

A Ministra da Cultura, Marta Suplicy, destaca as vantagens da modernização das salas para o público: “O cinema está sendo transformado pela digitalização. Não apenas a produção e distribuição dos filmes ficaram mais fáceis e desafiadoras. O cinema digital vai permitir e incentivar salas com programação mais rica e diversificada. Entramos no século 21, e quem ganhará com essas mudanças é o espectador”.

Expectativa é concluir a digitalização do parque exibidor em 2015

Até outubro deste ano, o parque exibidor brasileiro apresentava um total de 2.800 salas de cinema, com cerca de 60% já digitalizadas. Graças a esta operação, o processo deve ganhar forte impulso, e a ANCINE estima que a digitalização de todo o parque exibidor esteja concluída em 2015.

Para ajudar a alcançar este objetivo, a ANCINE direcionou a edição deste ano do Prêmio Adicional de Renda (PAR) totalmente à modalidade PAR-Exibição. Com R$ 3 milhões em recursos, o prêmio é destinado às empresas exibidoras com complexos de exibição de até duas salas, que tenham cumprido a cota de tela no ano de 2013. A premiação deverá ser utilizada pelos contemplados exclusivamente em projetos de digitalização.

Fonte: ANCINE / Rede Mundo

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