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MP assinada no domingo detalha atribuições dos 37 ministérios de Lula


Vista aérea da Esplanada dos Ministérios Ana Volpe/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou no domingo (1º) a primeira medida provisória do novo governo (MP 1.154/2023). O texto detalha as atribuições dos 31 ministérios e dos seis órgãos com status de ministérios que integram a nova Presidência da República. Lula também assinou 41 decretos que aprovam a estrutura de órgãos públicos e remanejam cargos em comissão e funções de confiança.


A MP 1.154/2023 foi publicada em edição especial do Diário Oficial da União. De acordo com a medida, a Esplanada dos Ministérios passa a ser formada pelas seguintes pastas:

  • Agricultura e Pecuária;

  • Ministério das Cidades;

  • Ministério da Cultura;

  • Ciência, Tecnologia e Inovação;

  • Comunicações;

  • Defesa;

  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;

  • Integração e do Desenvolvimento Regional;

  • Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;

  • Direitos Humanos e da Cidadania;

  • Fazenda;

  • Educação;

  • Esporte;

  • Gestão e da Inovação em Serviços Públicos;

  • Igualdade Racial;

  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;

  • Justiça e Segurança Pública;

  • Meio Ambiente e Mudança do Clima;

  • Minas e Energia;

  • Mulheres;

  • Pesca e Aquicultura;

  • Planejamento e Orçamento;

  • Portos e Aeroportos;

  • Povos Indígenas;

  • Previdência Social;

  • Relações Exteriores;

  • Saúde;

  • Trabalho e Emprego;

  • Transportes;

  • Turismo; e

  • Controladoria-Geral da União.

A medida provisória dá status de ministro aos titulares de seis órgãos que integram a Presidência da República:

  • Casa Civil;

  • Secretaria-Geral;

  • Secretaria de Relações Institucionais;

  • Secretaria de Comunicação Social;

  • Gabinete de Segurança Institucional; e

  • Advogacia-Geral da União.

Dos 37 órgãos mencionados na medida provisória, 13 já existiam na gestão anterior, 19 foram criados por desmembramento de pastas, dois foram renomeados e três foram criados. Destaque para os ministérios da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas, concebidos sem vinculação com estruturas anteriores.


O Ministério da Igualdade Racial tem como áreas de competência as políticas de ações afirmativas e combate e superação do racismo, além de políticas para quilombolas, povos e comunidades tradicionais. De acordo com a medida provisória, a pasta deve desenvolver ações para proteção e fortalecimento dos povos de comunidades tradicionais de matriz africana e povos de terreiro, além de coordenar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir).


A pasta dos Povos Indígenas deve conduzir políticas de reconhecimento, garantia e promoção de direitos, além de demarcação, defesa, usufruto exclusivo e gestão das terras e dos territórios indígenas. Outra ação prevista é a proteção dos povos indígenas isolados e de recente contato. A MP 1.154/2023 também renomeia a Fundação Nacional do Índio, que passa a ser denominada Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).


A MP 1.154/2023 prevê ainda o funcionamento de sete órgãos de assessoramento ao presidente da República. Destaque para os conselhos de Governo, Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, Política Energética, Parcerias de Investimentos e Segurança Alimentar e Nutricional. O também texto prevê os dois órgãos de consulta do Poder Executivo, que são os conselhos da República e de Defesa Nacional.


A medida provisória tranca a pauta da Câmara dos Deputados ou do Senado a partir do dia 19 de março e precisa ser aprovada até 2 de abril. Os parlamentares podem apresentar emendas nos dias 2 e 3 de fevereiro.


Repercussão

Sete senadores em exercício ou eleitos foram nomeados ministros do governo Lula: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Camilo Santana (Educação), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome). Alguns deles se manifestaram em redes sociais.


Alexandre Silveira disse que o último domingo foi um “dia histórico”. “Trabalharei com muita dedicação para representar o Brasil e ajudar a estimular o desenvolvimento econômico e social do país”.


Para Carlos Fávaro, o Brasil começa “um novo ano e uma nova história”. “Assumo o compromisso de trabalhar arduamente para que este seja um país cada vez melhor. Que destas terras férteis não falte alimento para nenhum brasileiro”.


A posse dos novos ministros repercutiu entre outros parlamentares. O senador Jader Barbalho (MDB-PA) lembrou que “o estado do Pará tem como representante, no primeiro escalão do governo Lula, Jader Filho, ministro das Cidades empossado”. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) destacou que Waldez Góes, na Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, é “o primeiro ministro representante legitimo do Amapá”.


Fonte: Agência Senado

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