Na tarde desta segunda-feira (21) foi realizada a 26ª Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), no Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus. Essa foi a 5ª e última Reunião Itinerante realizada nos bairros de Manaus, cobrindo todas as zonas da capital amazonense.
Na ocasião, o presidente da CPI, deputado Sinésio Campos (PT), anunciou a convocação do diretor técnico da Amazonas Energia, Rodrigo Moreira, e do diretor técnico do Interior, Radyr Oliveira, para o dia 11 de março, às 14h, no auditório Cônego Azevedo da Aleam. Radyr já prestou depoimento na CPI anteriormente e é suspeito de ter mentido em seu depoimento, o que configura crime de perjúrio. “O senhor Radyr Oliveira foi chamado para uma oitiva na reunião da CPI e afirmou que não havia encontro de contas e que a Amazonas Energia não se apropriava da taxa de contribuição de iluminação pública, a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Isso foi desmentido pelo prefeito de Barcelos (distante 399 km de Manaus em linha reta), Edson Mendes (MDB), onde realizamos a reunião itinerante. Iremos reconvocá-lo de novo, não apenas por isso, mas também por conta da situação da energia elétrica no interior”, declarou Sinésio Campos.
Durante a reunião, os moradores do bairro Parque 10 levaram as queixas e dúvidas à Comissão, como o senhor Walderlício de Queiroz. “Eu pagava uma média de R$ 200 a R$ 300. Depois que trocaram os medidores por esses novos, que chamam de automação, minha luz começou a disparar, para R$ 930 ou R$ 940. Quero saber por que o medidor antigo contava menos e esse conta mais, se é a mesma coisa. É um absurdo eu pagar de junho pra cá quase R$ 12 mil reais de conta”, queixou-se.
O defensor público Cristiano Pinheiro Costa, representando a Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) na reunião, falou sobre a Ação Civil Pública coletiva ajuizada pela Defensoria contra a empresa. “Há uma insegurança jurídica e os consumidores não sabem em qual medidor confiar. Na ação que movemos, nós pedimos anulação de todas as cobranças, inclusive do novo sistema, e pedimos devolução em dobro e em dinheiro, e também que passe a ser cobrada a taxa mínima. Pedimos ainda que todo esse sofrimento e angústia sejam ressarcidos, então pedimos R$ 2 milhões de indenização, que devem ser divididos entre todas as unidades de consumo impactadas”, explicou.
Fonte: Aleam
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