Na manhã de hoje, dia 19 de janeiro, dirigentes da Universidade e representantes de grupos de ciclistas se reuniram para inaugurar oficialmente o novo sistema cicloviário da Cidade Universitária.
“Não é só a inauguração de uma ciclovia, é uma mudança de postura. A Universidade está priorizando o pedestre, está contribuindo para a mudança do nosso comportamento para tornarmos o campus mais sustentável e mais amigável”, afirmou o reitor Vahan Agopyan.
O sistema é composto por quase 30 km de ciclofaixas, que já estão interligadas à malha cicloviária do município de São Paulo pelos Portões 1 e 2. Ainda estão previstas a construção de aproximadamente 6 km de caminhos cicláveis – vias que entram no espaço das Unidades e Órgãos Centrais – e a instalação de paraciclos. O projeto do sistema cicloviário da Cidade Universitária começou a ser implantado no ano passado e o investimento total foi de R$ 3,4 milhões.
“Este plano ciclo viário está sendo implantado com todos os requisitos técnicos da legislação e da boa prática de ciclismo. Após sua implantação definitiva e com o uso pela comunidade, alguns ajustes poderão ser necessários. Acredito que esta entrega, além de incrementar a sustentabilidade do campus, pode ser um exemplo para que outras cidades e campi universitários avaliem a possibilidade de adotar a mobilidade ativa”, explicou o prefeito do Campus USP da Capital, Hermes Fajersztajn.
Para incentivar a utilização da nova ciclovia, a Prefeitura do Campus preparou uma campanha de divulgação que já está sendo veiculada nos relógios digitais e mobiliários urbanos da Cidade Universitária. De acordo com Fajersztajn, “nossa expectativa é que, com a volta das atividades presenciais e a necessidade da comunidade circular entre várias edificações, o uso das ciclo faixas será cada vez maior. Além disso, o apelo dos benefícios à saúde e ao meio ambiente é muito forte entre os jovens – faixa etária que compõe grande parte da nossa comunidade – e isso tende a ampliar o uso da bicicleta”.
Prioridade de pedestres e ciclistas
Uma das principais características do novo sistema é a prioridade dada a pedestres e ciclistas. Medidas como o reforço da sinalização das vias, a redução da velocidade para 40 km/h em toda a Cidade Universitária e a reorganização dos estacionamentos de veículos estão entre as ações adotadas para aumentar a segurança dos usuários da ciclovia.
Outra novidade é a ciclofaixa com estacionamento paralelo de veículos. Esse modelo – atualmente adotado nas avenidas Luciano Gualberto, Lineu Prestes e Lúcio Martins Rodrigues – é indicado para vias com grande demanda por vagas de estacionamento, porque, além de manter as vagas, oferece maior proteção aos ciclistas.
Obras invisíveis
O sistema cicloviário é uma das diversas melhorias e obras de infraestrutura realizadas recentemente pela Prefeitura do Campus da Capital. “Uma das principais funções da Prefeitura do Campus é garantir a infraestrutura necessária para o funcionamento das atividades-fim da Universidade. Porém, muitos desses serviços são invisíveis, especialmente os que visam à manutenção do patrimônio e o prolongamento da vida útil da estrutura, e só acabam sendo lembrados quando não são executados corretamente e geram problemas”, explica Fajersztajn.
Um desses serviços invisíveis foi a recuperação estrutural da Torre do Relógio. Inaugurada em 1973, no coração da Cidade Universitária, a Torre do Relógio é o principal cartão postal da USP e, simbolicamente, orienta e dita o ritmo da vida acadêmica. É composta por duas placas em concreto armado de 50m de altura por 10 m de largura cada uma.
No ano passado, foi executada a primeira grande manutenção da Torre desde sua inauguração. Ao todo, foram investidos R$ 300 mil na raspagem, recomposição, impermeabilização e limpeza das duas placas de concreto, e na recuperação das escadas e estrutura de segurança.
Outra iniciativa da Prefeitura foi a reforma de aproximadamente 35 km de calçadas, escadas e pisos, tanto das áreas comuns quanto das áreas de algumas Unidades do campus, além da restauração de bancos e pontos de ônibus. Além de valorizar os espaços, essas obras são importantes para melhorar a acessibilidade em toda a Cidade Universitária.
Em 2021 também foi viabilizada a contratação de uma empresa para atuar na manutenção e na operação da rede de energia elétrica do campus. Entre os serviços realizados estão a manutenção de transformadores de pedestal, a limpeza de poços de inspeção da rede primária de energia, e a manutenção das cabines primárias de todas as Unidades e dos circuitos de média tensão que as alimentam.
“Uma interrupção nos serviços de energia impacta o funcionamento dos laboratórios, biotérios e parque de computação de todas as Unidades, inclusive do Hospital Universitário. Esse é um dos serviços invisíveis que, espero, garantirá maior tranquilidade para o trabalho em todas as localidades da Cidade Universitária”, afirmou o prefeito.
Fonte: Jornal USP
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