Do Brasil de Fato - Novos detalhes da denúncia apresentada na última quarta-feira (4) pelo Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram revelados nesta sexta-feira (6) em reportagem exibida com exclusividade pelo Jornal Nacional, da TV Globo, apesar das ameaças de multa e da notícia-crime aberta pelo filho do presidente Jair Bolsonaro contra os apresentadores Renata Vasconcellos e William Bonner.
“A denúncia do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro, do Republicanos, afirma que o miliciano Adriano da Nóbrega fazia parte do esquema da ‘rachadinhas’ na Assembleia Legislativa do Rio”, afirmou Vasconcellos na abertura da matéria.
Segundo a reportagem de Arthur Guimarães e Hélter Duarte, o Ministério Público considera que Adriano da Nóbrega – morto em fevereiro deste ano durante operação policial na Bahia – integrava o núcleo executivo da organização criminosa montada no gabinete do então deputado e operada pelo ex-policial Fabrício Queiroz.
Adriano teria conseguido que a mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a esposa, Danielle Mendonça da Costa, fossem contratadas como assessoras fantasmas contanto que participassem do esquema de devolução de parte dos valores recebidos. Através delas, teriam sido desviados R$ 1.029.042,48.
Flávio foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O senador seria o líder do esquema de corrupção conhecido como “rachadinhas” montado em seu gabinete na época em que era deputado estadual. Segundo o MP, o esquema consistia na apropriação dos salários de assessores, pagos com dinheiro público, e lavagem desses recursos através de uma organização criminosa.
A defesa do senador afirmou que ele não cometeu nenhuma irregularidade. A defesa de Fabrício Queiroz disse que as imputações não correspondem à verdade.
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