O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), concedeu na manhã desta segunda-feira (11) uma coletiva de imprensa onde falou sobre a decisão de adiar para o próximo dia 26 a votação do Projeto de Lei que estabelece regras sobre a reforma da Previdência Estadual. O parlamentar também frisou que todos os movimentos sindicais estão sendo recebidos para discutir o tema.
O presidente frisou que no último sábado participou de uma reunião com o governador Gladson Cameli (PP), onde foi discutida uma nova data para votação do projeto. Ele pontuou que essa é uma medida que visa dar mais tempo para que sejam realizadas reuniões com representantes dos sindicatos de servidores do Estado.
“No último sábado estive no gabinete do governador para comunicar e saber a opinião dele sobre o adiamento da votação, dessa forma ganhamos mais tempo para conversarmos com os sindicalistas. Estamos fazendo reuniões e cada ponto está sendo explicado e também temos ouvido as reivindicações deles. O líder do governo, deputado Gehlen Diniz, também tem participado de todos esses encontros e se disponibilizado para juntos resolvermos tudo da melhor forma para todos”, explicou.
Nicolau Júnior frisou ainda que a proposta do Governo Federal sobre a reforma da Previdência é um pouco dura, mas que o governador tem sido sensível em relação às reivindicações das classes trabalhistas. Ele reiterou que a situação financeira do Estado não é boa e que, mensalmente, o Poder Executivo precisa repassar um valor significativo para que o Acreprevidência possa cumprir com suas obrigações.
“Todos os sindicatos precisam de um tempo necessário para o diálogo, é isso que defendemos. Esse é um consenso meu, que sou presidente do Poder Legislativo, e também do líder do governo e da base governista. É importante frisar, ainda, que o governador tem sido bastante democrático”, pontuou.
Na sala de reuniões do Poder Legislativo, na manhã de hoje, foi realizada mais uma reunião com representantes dos sindicatos da Saúde e da Educação. Além deles, estavam presentes os deputados Gehlen Diniz (PP), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Jenilson Leite (PSB) e o diretor-presidente do Acreprevidência, Francisco de Assis, que explicou os pontos necessários da reforma e respondeu questionamentos dos sindicalistas.
O líder do governo, Gehlen Diniz (PP) explicou que a reforma da Previdência será incansavelmente debatida com os sindicalistas e que o atual governo está tentando corrigir um problema que foi criado pelas gestões petistas. “Até que a reforma seja votada nós iremos ouvir os representantes das categorias de trabalhadores. Também vamos tentar acrescentar emendas ao texto original da Lei, para dessa forma buscarmos reduzir o impacto nos direitos dos servidores públicos. ”
O Acre possui atualmente 3.051 pensionistas e 12.852 aposentados. O déficit financeiro em 2018 foi de R$ 385 milhões. Em 2019 já foram pagos R$ 480 milhões e esse valor deve fechar o ano em R$ 610 milhões. Estima-se que até o ano de 2022 a previsão para o exercício do Acreprevidência chegue a R$ 808 milhões.
Fonte: Agência Aleac