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Bioeconomia e Sociobiodiversidade na Amazônia são discutidos em encontro internacional


Foto (Crédito: Joelma Sanmelo/ASCOM UEA)

Representantes de instituições nacionais e internacionais estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (12), na abertura do 1º Encontro de Bioeconomia e Sociobiodiversidade na Amazônia, realizado na Escola Superior de Ciência da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA), para iniciarem e apresentarem as propostas de fortalecimento das cadeias produtivas da região. O encontro marca ainda o lançamento da primeira escola de economia amazônica do mundo que será implantada pela UEA, em parceria com outras universidades.

Estiveram presentes na solenidade o Governador do Amazonas, Wilson Lima, o Reitor da UEA, Cleinaldo Costa, a coordenadora do GreenRio, Maria Beatriz Costa, o representante da embaixada da Alemanha, Simon Tebel, o Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, o Secretário de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Jório Veiga, o Superintendente da Suframa, Alfredo Menezes , além de Pró-Reitores da UEA, diretores, coordenadores, docentes, discentes, pesquisadores e representantes indígenas.

Na oportunidade, o Reitor da UEA, Cleinaldo Costa, destacou a perspectiva das instituições de colocar a Bioeconomia como uma das matrizes econômicas do Amazonas de forma definitiva, complementando as outras estruturas para o desenvolvimento do Estado e, principalmente, dos produtos da região de alto valor que ampliam a economia da Amazônia, por meio da geração de novos empregos e geração de renda.

"Estamos unindo aqui a ciência, a academia, a indústria, o setor produtivo e o conhecimento para que possamos alavancar o desenvolvimento do século 21. O cenário visto neste encontro internacional é a convergência, aquilo que nos une, fortalecer a economia verde, fortalecer a Amazônia e nos colocando em um panorama mundial no setor de Bioeconomia", pontuou Cleinaldo.

A coordenadora da GreenRio, Maria Beatriz Costa, comentou a importância do evento, enfatizando as políticas públicas para o direcionamento da Bioeconomia no Estado do Amazonas e também para o impacto nas iniciativas sustentáveis que agregarão valores em setores que atendam a agricultura familiar e cooperativa. Sobre a escolha do local para o lançamento do projeto, Beatriz salientou a determinação do Reitor da UEA em realizar essa iniciativa em Manaus e de disponibilizar a academia para a implantação da Rainforest Business School - primeira escola de economia amazônica do mundo.

"Esse é um evento estratégico onde iremos identificar possíveis parceiros para impulsionar essa Bioeconomia na região amazônica. Além disso, estaremos lançando a Rainforest Business School na UEA, e isso tem um significado enorme para região como um todo, pois é um projeto colaborativo com outros estados e outras universidades da Amazônia que serão convidados a participar desse projeto. Será a primeira escola de economia amazônica do mundo, e o melhor, implantada na Amazônia, isso faz todo sentido", disse.

Beatriz ressaltou ainda que a Rainforest Business começará com uma pós-graduação, mas também com cursos pontuais e executivos voltados para a Bioeconomia da região.

"Isso tem sido discutido com o professor Cleinaldo, com a Pró-reitora Maria Olívia e a subsecretária Tatiana Schor. São reuniões bem preparatórias, onde todas as partes ficaram mais motivadas para realizar esse projeto inovador aqui em Manaus. Estou muito impressionada com atitude propositiva do Reitor da UEA em relação a essas questões. Iremos fazer uma Harvard na Amazônia, pois temos material humano e uma imensa riqueza biológica", frisou.

Maritta Koch-Weser, também coordenadora da Rainforest School, disse que Biodiversidade e a Bioeconomia na Amazônia com todo seu potencial precisa ser explorada tanto pela ciência como pela industrial. "Estamos muito felizes de ver que a UEA irá assumir essa ideia que nasceu na Universidade de São Paulo -USP, mas que só poderá ser implantada aqui. Há um potencial nesta região que ainda está aguardando para ser utilizado de forma muito mais plena", disse.

Já o governado do Amazonas, Wilson Lima, comentou sobre o desafio de transformar a realidade da economia por meio da Biodiversidade. "Queremos que todos esses recursos naturais que temos na nossa região sejam revestidos em benefícios para o cidadão. Temos que aliar o conhecimento das Instituições com o do caboclo que conhece a importância de preservar, tem a habilidade de produzir, e também de potencializar essa atividade que já é exercida por ele há muitos anos. Temos que agregar os valores e associá-los também a eles. O Amazonas que tem a maior extensão territorial do País e a maior biodiversidade do planeta. É preciso que, quem esteja aqui na região seja o principal aliado nesse processo", enfatizou.

Por fim, o líder indígena do Ashaninka, do Acre, Francisco Pianco, disse que apesar de parecer um cenário ainda bastante distante, a Bioeconomia é o caminho para transformar a realidade dos povos e também alavancar o desenvolvimento da Amazônia.

"Essa proposta vai garantir a sustentabilidade da Amazônia e a diversidade das produções. O equilíbrio vem a partir disso. Nós temos uma Biodiversidade muito grande que precisa ser organizada para definir as cadeias, os produtos, olhando a capacidade que a floresta tem no ponto de vista de diversidade e também no ponto de vista de oferta, assim conseguimos garantir o equilíbrio. E esse evento é muito importante para as questões amazônicas", concluiu.

Texto: Gerson Freitas/ASCOM UEA Foto: Joelma Sanmelo/ASCOM UEA

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