O primeiro semestre do ano foi de redução no número de focos de calor no Amazonas em relação ao ano de 2018. Enquanto os nove estados da Amazônia Legal, ao todo, somaram crescimento de 50% nas ocorrências de focos, o Amazonas teve redução de 6% em comparação ao último ano. Foram 327 focos de calor no primeiro semestre, concentrados principalmente nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Autazes.
Os dados analisados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) são divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e apoiam a elaboração de estratégias para combate a queimadas no Amazonas, por meio do Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Controle de Queimadas e Monitoramento da Qualidade do Ar, coordenado pela Sema.
Os números, até o momento, são favoráveis ao Amazonas. Em junho deste ano foram contabilizados 57 focos, enquanto o mesmo período em 2018 teve 123 focos. As ações de controle são reforçadas no segundo semestre, quando o clima mais seco contribui para a propagação do fogo.
“A secretaria possui um sistema de monitoramento de alerta que informa praticamente em tempo real onde estão acontecendo queimadas. A partir disso, podemos atuar de maneira mais efetiva nestes municípios onde os alertas de queimadas já estão sendo monitorados. Setembro de 2018 registrou um pico de queimadas, pois o período de estiagem tem maior incidência. Agora, estamos avançando no monitoramento para prevenir que este quadro se repita em 2019”, informou o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
O trabalho de monitoramento e combate é importante para garantir qualidade de vida à população. “A gente tem visto nos últimos anos um acúmulo desta nuvem de fumaça chegando até Manaus e outras cidades da Região Metropolitana, trazendo riscos à saúde, visibilidade em aeroportos, prejudicando não apenas a questão ambiental e da saúde, mas também à economia”, reforçou.
Fiscalização em alerta – Segundo o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, neste período, o órgão reforçará as ações de fiscalização, principalmente no sul do Amazonas. “Nós preparamos um planejamento mais intenso para esse período, com fiscalização mais ativa para que os focos de calor não aumentem como nos anos anteriores”, destacou.
Combate a incêndios – O comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), coronel BM Danízio Valente, ressaltou que a corporação também possui estratégia anual para as ocorrências de incêndios florestais e queimadas. “Anualmente, o Corpo de Bombeiros desenvolve ações de combate a incêndio em vegetações tanto na capital quanto no interior. Como ação preventiva, a Corporação atua com a formação de brigadistas em parceria com as prefeituras municipais. Inclusive, temos um posto instalado no município de Humaitá voltado principalmente para atuar no combate a incêndio em vegetação nesta região, que é conhecida como arco do fogo”, explicou o coronel.
Na capital, o CBMAM registrou em todo o ano de 2018 o total de 230 ocorrências de incêndio em lixo e vegetação urbana. Desse montante, durante o período de maior incidência de queimadas – entre julho e outubro – foram registrados 201 casos de incêndio dessa natureza. Neste ano, a corporação ainda não registrou grande demanda dessa ocorrência.
Como denunciar – As denúncias de crimes ambientais podem ser feitas para o Ipaam por meio dos telefones (92) 2123-6715 e (92) 2123-6729, das 8h às 17h, ou pelo telefone (92) 98455-7379 (WhatsApp). Além disso, elas também podem ser registradas pessoalmente na sede do Ipaam, localizado na avenida Mário Ypiranga, 3.280, Parque Dez, zona centro-sul de Manaus, ou pelo e-mail denuncia@ipaam.am.gov.br.
Em caso de emergência, o cidadão pode acionar o Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193.
Fonte: http://meioambiente.am.gov.br