top of page
Buscar

UNESCO: reduzir a poluição do ar é proteger meio ambiente e mitigar mudança do clima


Poluição no centro de Pequim. Foto: Greenpeace/Kuang Yin

Em mensagem para o Dia Mundial do Meio Ambiente, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, disse que há 45 anos a data tem sido um meio de inspirar, informar e possibilitar que nações e povos reconheçam a importância do meio ambiente, melhorem a qualidade de vida e promovam o desenvolvimento sustentável para o bem-estar da humanidade e das gerações futuras.

O tema deste ano, “Poluição do Ar”, chama a atenção para a fragilidade da vida na Terra sem ar limpo e seguro para respirar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou recentemente que mais de 90% da população mundial vive em áreas onde os níveis de poluição do ar não atendem aos padrões de segurança.

Milhões de mortes prematuras em todo o mundo podem ser atribuídas a substâncias nocivas na atmosfera como resultado de atividades humanas. A poluição do ar custa à economia global 5 trilhões de dólares por ano em gastos com saúde e bem-estar.

“A poluição atmosférica põe em perigo a nossa saúde, os nossos habitats, mas também o nosso patrimônio ambiental comum. Tem um impacto negativo nas áreas terrestres, marinhas e costeiras e causa perturbações nos ecossistemas reguladores que são fundamentais para a qualidade de vida global das sociedades humanas e para a saúde das terras, mares e outras espécies vivas.”

“Reduzir a poluição do ar é proteger o meio ambiente, preservando a biodiversidade e mitigando a mudança climática, que compõem alguns dos desafios mais prementes de hoje.”

Esses desafios estão destacados no primeiro Relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade, lançado em maio pela UNESCO, durante o encerramento do plenário da Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES).

O relatório alertou para a deterioração sem precedentes da natureza e de seus processos ecológicos e evolutivos que nos fornecem ar de qualidade, água fresca e solos saudáveis. O Relatório de Avaliação Global também enfatizou a necessidade de tomar ações coletivas urgentes e imediatas para preservar a estrutura viva do planeta. Fazer isso é nosso dever de solidariedade para as gerações futuras, disse a diretora-geral da UNESCO.

“Reduzir a poluição do ar exige não apenas mudança tecnológica, mas também uma mudança de mentalidade em relação a questões ambientais, políticas inovadoras e regulação social. Sabemos que quanto mais as pessoas se aproximam de seu ambiente natural, mais provável é que apreciem a natureza e sua biodiversidade, tenham consciência de nossa herança comum e compreendam a importância fundamental do ar puro de que todos dependemos para a vida, bem-estar e para o futuro do nosso planeta”, declarou.

Essa perspectiva norteia a ação da UNESCO, integrada em uma rede global única de locais designados pela agência, projetada para aproximar as pessoas da natureza e que desenha um novo mapa do mundo – um mapa de paz que vai além das fronteiras, que se estende às mulheres e homens ao longo das gerações, e as espécies vivas e o ambiente ao seu redor.

As Reservas da Biosfera da UNESCO, Geoparques Globais da UNESCO e Patrimônios Mundiais – que muitas vezes representam “pulmões verdes” para o planeta – reúnem mais de 2 mil locais excepcionais em todo o mundo, cobrindo uma área tão grande quanto a China, país anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano. Esses locais combinam conservação com educação e abordagens inovadoras para o desenvolvimento local sustentável. Eles contratam das comunidades locais e abrem suas portas para os cidadãos do mundo, seguindo o caminho para um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável.

“Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, peço a todos os países que tomem medidas para reduzir a poluição do ar. Acima de tudo, eu convoco as mulheres e homens em todos os lugares para se reconectar à natureza ao seu redor, a natureza que sustenta a vida e nos oferece beleza, significado e harmonia.”

Fonte: ONU

bottom of page