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Lula: “A História não é compreendida no momento em que ela acontece”


Foto (Crédito: Ricardo Stuckert)

Lula foi visitado nesta quinta-feira (21) por um grupo de juristas de várias regiões do país. O encontro foi organizado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e teve a presença de juízes e desembargadores, entre eles Edevaldo de Medeiros, Leador Machado, Rui Portanova, André Luiz Machado, Luciana Bauer, Mário Sergio Pinheiro, Germana de Morelo, Magda Barros Biavaschi, José Antonio Correa Francisco, entre outros.

Os juristas, antes da visita, passaram pela VigíliaLula Livre e falaram com a militância. Leador Machado, juiz do trabalho no estado do Tocantins, fez um alerta: “Ou a gente consegue efetivamente fazer com que o Supremo Tribunal Federal (STF) assuma novamente a sua função de garantir a Constituição, que ele não fez até agora neste processo. Ele foi omisso durante o tempo todo, ou então nós não vamos ter mais o regime democrático, onde as instituições funcionam neste país.”

Quem também deu seu parecer sobre a prisão política de Lula foi a desembargadora Magda Barros Biavaschi. “Todos os grandes líderes, e foram poucos, que minimamente buscaram reduzir as profundas e abissais desigualdades deste país escravocrata foram defenestrados.”

A juíza Luciana Bauer, da 17ª Vara Federal de Curitiba foi categórica. “A Lava Jato é uma quebra na democracia”. Ela ainda acrescentou. “Todo juiz tem que ter a neutralidade, a gentileza, a paciência e a temperança pra julgar aquele que está sob a clava, sob a espada penal.”

Foto (Crédito: Ricardo Stuckert)

Após o encontro com o ex-presidente, o juiz federal Edevaldo de Medeiros, de Itapeva, no interior de São Paulo, fez um lembrete. “A História não é compreendida no momento em que ela acontece”. Ele ainda falou sobre a importância do encontro com o ex-presidente. “Nós não viemos aqui afrontar o poder Judiciário, nós viemos aqui dizer que somos parte do Judiciário e que nós queremos que a nossa instituição funcione muito bem”. Leador Machado complementou. “Um dos pedidos do presidente Lula é que nós continuemos acreditando nas nossas instituições.”

Raquel Rodrigues Braga, juíza da 2ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, também falou com a militância sobre a presença dos juristas em Curitiba nesta tarde. “Nós viemos aqui defender a regra do jogo. Se o devido processo legal for ameaçado cada um de nós está vulnerável.”

Como está o Lula?

Além de falar da importância das instituições, Edevaldo de Medeiros falou sobre como foi recebido pelo ex-presidente. O juiz contou que Lula preparou um café e conversaram sobre economia e política. “Quem não quer um café feito pelo presidente Lula?”.

Ele descreve ainda um humorado diálogo entre ele Lula.

– Ele perguntou: ‘Açúcar ou adoçante?’ – Eu falei: açúcar. – Ele disse: ‘não tem’.”

Ele comparou o ex-presidente a um leão e acrescentou. “Tem um gigante ali. Tem um homem muito forte e corajoso” e concluiu: “O presidente Lula está com excelente saúde.”

Vigília Lula Livre

Os juristas fizeram questão de exaltar a importância da luta da Vigília Lula Livre, que há 349 dias resiste em frente ao prédio da Polícia Federal, em Curitiba.

André Luiz Machado, juiz federal da 1ª Vara de Santo Agostinho (PE) falou. “Imaginando a solidão e o sofrimento do presidente Lula, eu fico imaginando como para ele é importante essa manifestação de vocês (da vigília). Talvez o presidente Lula esteja vivo, esteja com sua cabeça erguida por causa desta experiência de solidariedade que nós estamos construindo. E isso não vai acabar até que ele saia desta prisão. Lula Livre.”

A juíza Raquel Braga concluiu. “O que vocês fazem aqui não tem preço pra História do Brasil.”

Fonte: Agência PT de Notícias

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