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Indústria cai 1,8% em setembro e registra terceira queda consecutiva


Pelo terceiro mês consecutivo, a produção industrial caiu em setembro (-1,8%), após duas taxas negativas, -0,7% (agosto) e -0,2% (julho). Nesse período, a atividade acumulou redução de 2,7%. Apesar disso, no ano, a indústria ainda mostra crescimento de 1,9%. E no acumulado dos 12 meses, 2,7%. É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF).

A retração da indústria em setembro atingiu 16 dos 26 ramos industriais, com forte influência dos setores de veículos automotores (-5,1%), máquinas e equipamentos (-10,3%) e bebidas (-9,6%). Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, duas razões contribuíram para a redução na produção de veículos:

“A redução nas exportações de veículos, especialmente para a Argentina devido à crise econômica naquele país, combinada a um ambiente de incerteza política e econômica que freia o investimento do empresário e as decisões do consumidor brasileiro.” Macedo acrescentou que a pesquisa verificou um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês.

Já o resultado de máquinas e equipamentos interrompeu três meses de crescimento, quando acumulou 10,3% de alta. Enquanto o setor de bebidas, que vinha negativo há dois meses, acumulou retração de 19,2% com o resultado de setembro. Por outro lado, metalurgia avançou 5,4% e foi o setor que deu a maior contribuição positiva no mês.

Na comparação com setembro de 2017, a produção industrial também mostrou queda de 2,0%. As atividades que mais contribuíram para isso foram produtos alimentícios (-11,8%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%) e bebidas (-12.2%). Nessa comparação, os produtos farmoquímicos e farmacêuticos mostraram alta (22,9%), seguidos por metalurgia (9,0%).

No terceiro trimestre, em comparação com o ano passado, a indústria cresceu 1,5%, mostrando perda de ritmo em relação ao primeiro trimestre (2,8%) e ao segundo trimestre de 2018 (1,7%). “Embora permaneça no campo positivo, a indústria mostra redução de ritmo de produção industrial e ainda está muito longe de atingir os patamares que tinha entre 2014 e 2016”, concluiu André Macedo.

Fonte: IBGE

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